Marcello Veríssimo
O mar é o maior ecossistema vivo da terra. Uma pesquisa inédita feita pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza em parceria com a UNESCO e a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo revelou que 82% dos brasileiros estão dispostos a mudar hábitos pela conservação do oceano.
De acordo com a pesquisa, em uma escala de 0 a 10, a intenção de mudar hábitos pelo bem do oceano chegou a nota de 8,3. O levantamento mostrou ainda que 71% dos brasileiros entendem que o oceano gera impactos diretos ou indiretos na vida de cada um de nós, contudo, têm dificuldades de identificar essa relação.
Mas, segundo a pesquisa, 40% da população ainda não associa como suas atitudes podem impactar o oceano. Nesse sentido, a pesquisa também revelou o desconhecimento sobre os serviços ecossistêmicos prestados pelo oceano para a manutenção da vida no planeta.
A diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, Malu Nunes, disse que a pesquisa nos permite compreender como a sociedade entende a influência do oceano no seu cotidiano. “De forma pioneira no mundo, buscamos identificar comportamentos existentes na população de um país continental e perceber como as pessoas estão dispostas a adotar novos hábitos e comportamentos em favor dos ambientes marinhos. Os resultados são animadores e, ao mesmo tempo, desafiadores”.”Conhecer melhor essa realidade é fundamental para desenvolver políticas públicas e estratégias de comunicação e engajamento mais eficientes para sensibilizar a sociedade e mover ponteiros”, disse ela.
A pesquisa ainda revelou que metade dos entrevistados (50%) reconhece que o oceano impacta sua vida diretamente, 21% acreditam que gera impactos indiretos, enquanto 26% avaliam que não impacta em nada em suas vidas.
De acordo com os dados, 34% entendem que suas ações causam impacto direto no oceano. Para 40%, suas ações não impactam em nada o oceano, enquanto para 24% o impacto é indireto. Entre as atividades que ameaçam a saúde do oceano, 72% dos entrevistados dizem que a poluição, seja por lixo ou esgoto, é o maior problema, seguido por pesca irregular (16%) e vazamentos de navios (12%).
