JDL visita Comunidade Terapêutica que acolhe e trata dependentes químicos no Litoral Norte

b1eb37ff-0c9e-467e-a614-b1b79cf522af

Marcello Veríssimo

Principal referência no trabalho contra a doença da dependência química e prevenção ao uso de drogas no Litoral Norte, o Grupo Restitui, em Caraguatatuba, acolhe homens e mulheres, independente de situação social, orientação sexual, gênero, entre outros aspectos, para melhorar a condição humana destas pessoas.

Após a repercussão negativa nas redes sociais da Operação Integrada, que resultou em reportagens divulgadas por alguns sites de notícias da região sobre a “expulsão” de moradores em situação de rua em Ilhabela, a reportagem do JDL foi conhecer na última sexta-feira (24), o trabalho realizado no Centro de Tratamento Restitui, no bairro Canta Galo, região norte do município.

O Grupo Restitui é formado por um CT sede masculino, um CT feminino, e três casas de passagem que atendem homens, mulheres solteiras e mulheres com filhos, além de um novo albergue que foi recém aberto em Caraguatatuba. CT’s é a abreviatura para comunidades terapêuticas. “São unidades diferentes, que atendem públicos diferentes, mas o propósito do trabalho é único. Atendemos dois públicos distintos: homens e mulheres que têm problemas com álcool e drogas, e mulheres com filhos de até 1 ano. Eles fazem um tratamento voluntário contra a dependência química. Nós temos uma unidade no Canta Galo, em Caraguatatuba, uma no Porto Novo, que atende as pessoas em situação de rua e a casa de passagem em Ilhabela”, explica o gestor de projetos da Restitui, Ricardo Moura. “Se a pessoa que está em situação de rua for munícipe, o assistente social da abordagem tem esse papel de ir até a família conversar e saber o que aconteceu para a quebra do vínculo familiar e tentar refazê-lo. Se ele não for munícipe é feito um contato via telefone com a família da cidade de onde ele é para fazermos o encaminhamento”, completa Ricardo.

Além deste encaminhamento para a família, existe a opção de o indivíduo ser encaminhado para um equipamento da rede de saúde pública, como os Caps Ad.

São diversas razões que podem fazer com que o ser humano se torne portador da doença de dependência química e manifeste um de seus piores sintomas: morar na rua. A bebida alcoólica é a “companheira” de aproximadamente 95% das pessoas que vivem em situação de rua acabando por se tornar dependentes, além de desilusões amorosas.

O gestor de projetos do Grupo Restitui conta que, muitas vezes, as pessoas vêm para a região atraídas por oportunidades de emprego, mas que ao chegar nas cidades não se concretizam. “Eles chegam com a promessa de um emprego, que combina com um patrão que eles falam, mas chega aqui e não dá certo. Por isso existem as casas de passagem, a pessoa chega toma um banho, se alimenta e tem a chance de retornar [para sua cidade de origem]”.

“Existe um grande preconceito social com essas pessoas que estão em situação de rua, a maioria das pessoas da sociedade não se colocam no lugar delas. A pessoa não está nessa situação por vontade própria. Pessoas em situação de rua sempre existiram”, afirma Ricardo, que atua há 10 anos na área.

O trabalho realizado pelo grupo Restitui, em relacionado ao tratamento da doença, é feito justamente para reverter este tipo de situação e zela pelo resgate da dignidade de cada um, além do respeito à diversidade.

Durante a visita do JDL, o gestor de projetos acompanhou a reportagem pelas principais estruturas do centro masculino, que fica em uma área no bairro Canta Galo cercada pela mata atlântica. Na comunidade masculina são aproximadamente 60 vagas.

A infraestrutura inclui salas de atendimento com psicóloga, psiquiatra, assistente social, refeitório, piscina e uma sala para espiritualidade. Um dos alicerces do tratamento, que é embasado nos 12 passos de Alcoólicos Anônimos, preza por momentos ecumênicos/espirituais. “Nós não temos uma filosofia religiosa, nossa metodologia se utiliza dos 12 passos, onde cada um pode ter sua religião. A espiritualidade é uma parte que precisa ser tratada na doença [na dependência química], mas não é imposta”, disse Ricardo.

Os integrantes da Comunidade Terapêutica Restitui também seguem um cronograma com atividades internas e momentos de integração social. “Eu trabalhava com exatas, em um banco, e quando vim trabalhar com humanas, essa área mudou totalmente o rumo da minha vida. Aprendi a amar mais, a respeitar mais o próximo, a olhar o ser humano e ver que o outro é igual a mim e precisa de todo o respeito e carinho, independente do credo religioso, orientação sexual”, avalia o gestor de projetos da CT.

“Quando você começa a trabalhar com o público, não só as pessoas que tem problema com álcool e drogas, mas aquelas que estão em situação de rua, você aprende a amar mais, dar mais valor à vida, aos detalhes que antes não prestava atenção”.

Para mais informações sobre o Grupo Restitui, basta seguir o Instagram oficial @grupo_restitui e acessar o site www.comunidaderestitui.com.br

Compartilhe nas Redes Sociais

slot server malaysia slot server thailand slot server kamboja slot server vietnam slot server luar SLOT SERVER KAMBOJA SLOT SERVER VIETNAM SLOT SERVER THAILAND slot server kamboja slot server luar nuke gaming slot slot server vietnam slot server thailand slot server kamboja mahjong ways 2 slot server belanda slot server jepang slot server china nuke gaming slot slot server china slot server spain slot server singapore mahjong ways 2 slot server luar slot server vietnam