Adolescente confessa que matou amigo acidentalmente em Caraguá

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Marcello Veríssimo

O adolescente que disse ser o “alvo” do homicídio registrado na madrugada do último dia 5 mudou seu depoimento à polícia na tarde desta quinta-feira (10). Na ocasião do crime, ele disse que o amigo foi morto por engano e que a verdadeira “vítima” do crime seria ele que já cuidou de pontos de venda de drogas entre os bairros do Perequê-mirim e Travessão, ambos na região sul de Caraguatatuba.

De acordo com a polícia, a grande reviravolta no caso é que o adolescente esteve no 1°DP do Porto Novo, acompanhado de sua mãe e advogado até o mudou a sua versão do crime, que aconteceu no bairro Tarumã.

Agora o jovem disse à polícia o que de fato pode ter acontecido. O adolescente confessou que ele e o amigo morto estavam brincando com arma calibre 38 quando acidentalmente aconteceu o disparo que atingiu o menino. De acordo com o novo depoimento, ele disse que os dois tinham ingerido álcool.

Quando viu que o amigo estava ferido no tórax, o adolescente se desesperou e tentou levar o amigo para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) na região sul, mas não deu tempo.

O jovem também teria confessado que após a morte do amigo ser confirmada pelo médico do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) pegou a arma do crime e jogou da ponte do Arco, no bairro Porto Novo.

As investigações mostraram que em áudio do Whatsapp o rapaz pede desculpas para a mãe da vítima. “Oi tia me perdoa é ter acontecido isso com Gabriel você sabe que jamais eu ia querer fazer isso com ele. Moleque vivia comigo era meu parceiro considerava como irmão, foi um acidente tia, ele chegou lá em casa com a arma e a gente ficou brincando sem as bala normal um mirando pro outro ai mirava pro meio de todo mundo mirou pra mim ‘ai a hora que mirei pra ele tia o tiro saiu’ tia foi sem querer não foi por querer, me perdoa tia”.

As investigações que levaram a essa reviravolta no caso foram comandadas pelo delegado Diogo Ribeiro Daiello do 1°DP. De acordo com a polícia, a primeira versão do depoimento do adolescente despertou a suspeita dos investigadores.

Uma delas é que os dois moravam na mesma rua e depois a polícia descobriu que nenhum dos vizinhos tinha visto o veículo com as características passadas pelo adolescente.

Os investigadores conversaram então com familiares da vítima e amigos descobrindo que a história era falsa. “Ele precisa contar para vocês que foi ele que atirou contra Gabriel, essa história que ele contou é mentira”, disse um familiar da vítima.

A polícia concluiu o caso nesta sexta-feira (11) e agora o inquérito será encaminhado ao Poder Judiciário para a decisão sobre a penalidade do adolescente.

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