Marcello Veríssimo
Uma das figuras mais importantes para o sucesso dos surfistas na água é o treinador. E Charles Saldanha, padrasto do tricampeão mundial de surfe Gabriel Medina, que cresceu em Maresias, na costa sul de São Sebastião, é uma destas figuras que conseguiu reconhecimento e respeito no mundo do surfe.
Atualmente, Charlão, como é conhecido, trabalha com a filha mais nova, Sophia Medina, que tem se destacado nas competições.
Após as polêmicas entre Gabriel e os juízes da WSL (World Surf League), que foram um dos pontos altos desta temporada, Charlão disse aos jornalistas que não “tem nada de errado” com o sistema de notas do mundial da elite do esporte.
Os prognósticos mostram que a temporada 2023 foi marcada por inúmeras reclamações, principalmente com relação aos critérios e notas adotados pelos juízes da WSL. O primeiro embate aconteceu na etapa de Surf Ranch, a piscina de ondas do lendário Kelly Slater.
Na ocasião, Medina e Ítalo Ferreira foram derrotados em uma etapa cheia de controvérsias.
Mas, segundo o padrasto de Medina, a Liga Mundial de Surfe é uma “empresa séria”. “Estou há vários anos na WSL; é uma empresa séria. Nunca vi nada, nem desconfiei de alguma manipulação. Algum juiz que não seja honesto, não tem!
É um ser humano que está ali; ele pode até dar uma nota errada. Algumas, eu não concordei”, disse Charlão.
De acordo com Charlão, o surfe é um esporte que vai muito além de simplesmente gostar de um atleta ou outro. “O surfista tem que agradar o juiz também, não adianta achar que surfa bem e não estar dentro do critério. Primeiro, tem que agradar o critério de julgamento e depois o juiz; isso faz parte”. “Eu quero deixar bem claro que não tem nada de errado lá (WSL), vamos manter a calma. Agora, reclamar é um direito, hoje em dia as pessoas estão proibidas de poder falar e comentar”, disse o treinador.