Marcello Veríssimo
Diferentemente de São Sebastião, a Câmara de Ilhabela aprovou na sessão da última terça-feira (17) a proposta para aumentar o número de vereadores a partir do próximo mandato, em 2025. A proposta foi aprovada por 7 votos favoráveis a 2 contra.
Assim como na Câmara do continente, a votação em segundo turno da proposta também aconteceu nesta terça. Trata-se de uma emenda à Lei Orgânica do Município que altera de 9 para 11 o número de cadeiras no legislativo. No caso do arquipélago, de acordo com o Censo do IBGE, a Câmara poderia voltar a ter mais parlamentares como era no início dos anos 2000.
Pela proposta não haverá impacto financeiro, pois o orçamento da Câmara é fixado por lei e independe do número de vereadores na casa.
Ilhabela possui atualmente uma população estimada em 34.934 pessoas. De acordo com o Censo, a cidade está agora na faixa de 30 mil e até 50 mil habitantes, o que permite 13 vereadores.
O Legislativo informou que, com maior número de cadeiras, também aumentam as chances dos pré -candidatos nas eleições do ano que vem.
Eleição também é matemática. De acordo com especialistas políticos, ao dividir o número de eleitores votantes pela quantidade de cadeiras no plenário o quociente eleitoral baixa, ou seja, os candidatos precisarão de menos votos para entrar na linha de corte da Justiça Eleitoral.
Justificativas – A maioria dos vereadores de Ilhabela que foram favoráveis ao sento diz que, com mais vereadores, a população terá maior representatividade e melhor fiscalização do governo.
Para os vereadores contrários ao projeto, a medida significa um retrocesso. De acordo com eles, a aprovação significa que os vereadores vão contra o que a sociedade espera dos políticos.
Os parlamentares afirmam que o aumento do número de vereadores não garante uma melhor qualidade do trabalho legislativo, que o dinheiro economizado com menos cadeiras poderia ser investido em áreas prioritárias, como saúde, educação, por exemplo.
A votação desta semana não contou com a participação do vereador Felipe Gomes (Republicanos). No primeiro turno ele se manifestou contrário à medida.
Confira o placar:
A favor:
Alessandro Abençoado (PL)
Edilson da Ilha (PL)
Leleco Augusto (DEM)
Viola (AVANTE)
Gabriel Rocha (SD)
Zé Preto (PDT)
Contra
Diana Almeida (PL)
Raul Cordeiro (PSD)