Educação financeira para servidores do Legislativo é tema de debate na Alesp

fg314060

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo promoveu, na tarde desta quinta-feira (23), o primeiro debate sobre “Educação Financeira para Servidores dos Legislativos”. O evento, que foi solicitado pelo Instituto do Legislativo Paulista (ILP), contextualizou a relevância sobre o tema por meio e mostrou os principais tipos de investimentos e seus riscos.

“O assunto é ainda mais relevante para servidores do Legislativo, devido às instabilidades que se manifestam nos ciclos econômicos do país e nas dinâmicas das legislaturas, que, consequentemente, acabam impactando nossa vida financeira”, explicou o assessor técnico da Alesp, Cairo Mendes.

Tripé dos Investimentos

Segundo o economista e gerente-geral do Banco do Brasil, Thiago Altomare Neiva Campos, os investimentos baseiam-se no tripé Risco – Retorno – Liquidez.

“O investidor busca o maior retorno possível, que é o quanto se terá em rentabilidade; o risco é a avaliação do investimento ao longo do tempo ou a possibilidade do investimento trazer um retorno diferente do esperado e a liquidez é a velocidade em que se consegue transformar o valor investido em dinheiro. Dentro da lógica, normalmente, o potencial de retorno está ligado a um risco maior e a uma liquidez menor”, explicou.

Modalidades de Investimentos

Existem dois tipos de investimentos de renda fixa: a poupança e os títulos, que podem são divididos em três espécies: os públicos federais, como Selic e IPCA; os privados, como CRI, CRA a Debêntures e os financeiros, como LCI e CDB.

A gestão dos investimentos é feita com um especialista, menores custos, o melhor retorno, alta liquidez e acesso a ativos de maior volume financeiro são algumas das principais vantagens dos fundos de investimentos.

“A poupança, apesar de ser muito usada no Brasil, não é recomendada atualmente, porque existem outros investimentos mais rentáveis, ou seja, com melhor retorno e menor risco”, disse Neiva.

O economista ainda explicou que os títulos são classificados de acordo com o tipo de emissor, que pode ser o governo [títulos públicos], bancos [títulos financeiros] e uma empresa não financeira, como a Petrobrás, Vale ou a Companhia Siderúrgica nacional [títulos privados].

Há ainda os fundos de investimentos que é uma empresa legalizada ou uma comunhão de recursos constituída sob a forma de condomínio, com o objetivo de se ter ganhos financeiros através da aquisição de uma carteira de títulos ou valores mobiliários.

Além disso, há também a previdência privada como modalidade de investimento, que pode ser dividida em dois tipos: Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) e Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL). A primeira espécie não abate da base de cálculo do Imposto de Renda (IR); já a segunda, permite abater das contribuições da base de cálculo do IR até o limite de 12% da renda bruta tributável anual.

De acordo com Neiva, não há um investimento que seja o melhor. “O ideal é diversificar os investimentos com até um certo limite, tomando sempre cuidado para não exagerar”.

Compartilhe nas Redes Sociais

Outras Notícias