Vídeo de casal na ilha mostra que Brasil não investe em políticas públicas para Educação Sexual

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Marcello Veríssimo

Diante da repercussão do vídeo em que um casal é flagrado transando na calçada da ciclovia em Ilhabela, que viralizou nas redes sociais no início desta semana, o JDL conversou com especialistas para tentar entender os motivos que movem a sexualidade humana.

O casal afoito de Ilhabela surge aos holofotes também após a divulgação do vídeo em que o ator Reynaldo Gianecchini teve uma chamada de vídeo exposta por um garoto de programa, além de outros episódios que volta e meia são “revelados” nas redes sociais. Em ambos os casos, a mesma motivação: na era dos smartphones, dos likes e dos vídeos vale a pena tudo para aparecer?

O caso de Ilhabela guarda alguns contrastes que tornam o flagrante peculiar, dizem os especialistas, por ter sido na calçada, na única avenida da cidade e em um ponto bem movimentado.

De acordo com a Polícia Civil de Ilhabela, caso os protagonistas do vídeo sejam identificados eles poderão responder pelo crime de ato obsceno em local público ou aberto ao público, capaz de ofender o pudor médio da sociedade previsto no artigo 233 do Código Penal. Se condenados, a pena pode variar de três meses a um ano de cadeia, ou multa. “Esse tipo de situação sempre acontece, mas não em plena rua, não me senti ofendido e pararia para ver”, disse um morador da ilha que não quis se identificar. “Mas hoje com o zap isso não é mais problema”, ele brinca.

A prática de fazer sexo em público voltou a ter evidência nos últimos anos após a imprensa divulgar o chamado “dogging”, termo que se espalhou pela internet e é realizado em vários países com encontro sexuais de estranhos, que pode causar uma epidemia de infecções sexualmente transmissiveis, de acordo com serviços de saúde pública. “Estou chocada! Quando a gente é mais jovem, pode parecer besteira, mas quando eles olharem isso daqui alguns anos espero que eles se reconheçam”, disse a jornalista Fernanda Melo.

Camadas

A terapeuta sexual Thais Plaza, da plataforma online AmoTerapia, explica que o flagrante do casal em Ilhabela pode ser visto por várias camadas. A primeira delas, segundo a especialista, é que estamos em um país em que não existe educação sexual. “Muito pelo contrário, quando a gente fala deste assunto de educação sexual e sexualidade de uma forma saudável, as pessoas ainda não conseguem entender a importância por ainda confundir educação sexual com pornografia, o que é a contramão”, disse Thais.

Educação sexual tem por objetivo fazer as pessoas lidarem melhor com questões de sexualidade e também entender o que é permitido dentro do contexto público e o que é destinado a acontecer no ambiente privado.

Para a especialista, talvez o casal de Ilhabela não tenha acesso à educação sexual, pois o ato sexual no meio da rua é proibido por lei. “Ninguém é obrigado a ver o outro tento relações sexuais, isso é uma questão de respeito, existem lugares para isso como baladas liberais, casas de suingue e até mesmo na praia, durante a noite”, alerta a terapeuta.

Para conhecer a Amo Terapia, basta seguir o perfil no Instagram @amo.terapia.

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