Marcello Veríssimo
Um pedido de socorro. Esse pode ter sido o motivo que trouxe um tubarão azul, que foi resgatado na beira do mar da praia do Perequê, região central de Ilhabela, na última sexta-feira (31).
A aparição do animal, no raso e perto da areia, chamou atenção dos banhistas que tentaram devolvê-lo ao fundo do mar, sem sucesso. Um vídeo do tubarão, encalhado no raso viralizou nas redes sociais e se espalhou por mensagens em grupos do WhatsApp mostrando o desequilíbrio ambiental.
Uma equipe do Instituto Argonauta foi acionada para resgatar o animal, que não resistiu e morreu após ser removido até uma base do instituto em São Sebastião.
O oceanógrafo, Hugo Gallo, que preside o Instituto Argonauta, disse que o tubarão estava bastante debilitado. Gallo disse que o tubarão azul pode ter chegado até a beira do mar após ter sido vítima de pescadores. “Trata-se de um animal oceânico, que debilitado se aproximou da costa, tentamos resgatá-lo e salvá-lo, mas ele não resistiu, infelizmente”, disse o oceanógrafo.
Orientação aos banhistas
A orientação aos banhistas é não se aproximar ao ver um tubarão em águas rasas, pois ele pode morder.
Hugo Gallo disse ainda que o aparecimento deste tipo de tubarão na beira da praia não representa nenhum tipo de preocupação para a população. A sua incidência maior ocorre longe da costa.
Ele alerta que o recomendado é não se aproximar quando este tipo de animal se aproxima da faixa de areia.
Causa da Morte
Tami Albuquerque, também oceanógrafa do Argonauta, disse que ainda não foi possível descobrir as causas da morte do tubarão, mas que o animal passou por exames para tentar saber os motivos que o levaram a morte.
O tubarão azul, cujo nome científico é Prionace glauca, segundo os especialistas é uma das espécies mais intrigantes que vivem nos oceanos do mundo. Esguios e com uma cor de pele azul, é um dos tubarões que mais desperta fascínio e preocupação, nas pessoas em geral e interesse científico dos especialistas da área.