O prefeito de São Sebastião, Reinaldinho Moreira, se reuniu, nesta sexta-feira (14), com representantes do Instituto EDP para definir diretrizes para implantação de projeto de cooperação energética comunitária.
A ideia é apoiar a instalação de sistemas de geração fotovoltaica em residências de famílias em vulnerabilidade social ou em creches e escolas para a produção de energia solar.
Na proposta, os créditos de energia excedentes podem ser trocados por produtos essenciais, como itens da cesta básica, gerando uma renda extra que alivia o orçamento familiar dos colaboradores.
O projeto prevê a formação de uma cooperativa que inclui tanto os usuários de microgeração fotovoltaica quanto os pequenos comerciantes locais. Os moradores que geram créditos de energia podem trocá-los por produtos nos estabelecimentos da comunidade.
Os comércios parceiros disponibilizarão uma moeda social aos colaboradores para utilizarem na compra dos alimentos. Essas empresas receberão descontos na conta de energia.
O projeto não vai gerar nenhum gasto para o município, pois é uma iniciativa do Instituto EDP, da empresa Pense Eco e Mentors Engenharia, com apoio da Prefeitura de São Sebastião.
“Como é um projeto piloto da EDP, a ideia é que 20 famílias do município participem no início, mas existe a possibilidade de ampliação para diversas comunidades da cidade. O mais importante é mostrar a importância de ações sustentáveis na vida das pessoas e do uso consciente da energia para não gerar danos ao meio ambiente”, disse o prefeito.
Segundo a EDP, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Social (Sedes) utilizará o CadÚnico para selecionar as famílias aptas a participarem da iniciativa. Cada sistema fotovoltaico instalado tem o potencial de gerar entre 200 kWh e 300 kWh por mês, resultando em créditos mensais de R$ 140 a R$ 250, destinados à troca por alimentos.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico e Social, Elias Rodrigues, a proposta foi bem recebida por colaborar com a renda dessas famílias em vulnerabilidade e levar a educação de consumo de energia para essas comunidades.
“Os participantes devem ter a energia regulada, residência com o IPTU em dia e registro no CadÚnico. Vamos criar um sistema para essa seleção, após esse aval do prefeito e diagnosticar onde instalar as placas fotovoltaicas. O projeto é muito bem-vindo, pois fortalece os pequenos negócios e melhora a qualidade de vida das famílias nas comunidades”, destacou.
Além de Elias, a reunião contou com a participação do secretário de Obras, Luis Eduardo Bezerra; do secretário de Serviços Públicos, Gelson Aniceto, e o secretário de Urbanismo, Leandro Fernandes da Silva. Os representantes da EDP foram os analistas Rafael Bittar e Paula Aparecida Pereira, e da empresa Pense Eco, o Eduardo Fagundes e Roberto Magalhães.