Projeto “Deforma” traz cultura da acessibilidade a São Sebastião com oficinas e apresentações gratuitas

Projeto “Deforma” traz cultura da acessibilidade a São Sebastião com oficinas e apresentações gratuita (4)

Desenvolvida pela artista def (PCD) Isadora Ifanger, programação difunde cultura do acesso pelo Estado e inclui espetáculo, performance e oficina dias 20 e 21 de setembro

 

A artista def (PCD) Isadora Ifanger realiza, nos dias 20 e 21 de setembro, o projeto “Deforma: Acessibilidade em Cena e Cultura DEF”, que contempla a oficina “Bordando cicatrizes”, além das apresentações da performance “Deforma” e do espetáculo “Inunda-me”. O evento será realizado no Espaço Cultural Circo Navegador, em São Sebastião. Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público.

Segundo Isadora, o projeto busca promover a cultura do acesso para diferentes públicos e ampliar a visibilidade da arte produzida por artistas def (PCD). No espetáculo “Inunda-me”, a audiodescrição é feita em microfone aberto, tornando-se parte da dramaturgia e sendo traduzida por uma intérprete de Libras que acompanha a artista em cena. “O que a princípio seria um solo, torna-se um material com três figuras principais: a atriz, a intérprete que a acompanha e a narradora. O enredo se desdobra na história de uma mãe que perde o filho para o mar e passa a buscá-lo em tudo que é úmido, mas a busca frequente sem retorno acaba a engolindo em um mar de solidão”.

Já na performance “Deforma”, é a própria artista que realiza a audiodescrição, narrando as ações, os espaços e as imagens, sem a presença de uma narradora adicional. A intérprete de Libras a acompanha espelhando suas ações, enquanto a violoncelista Luca D’Alessandro executa a trilha sonora ao vivo e também propõe as ações da cena. “Aqui eu mergulho na ancestralidade da pessoa com deficiência através do meu próprio corpo, que constrói estes elementos por meio de linhas vermelhas traçadas pelo espaço, trazendo referências históricas de importantes nomes de artistas e pesquisadores com deficiência do Brasil, fazendo com que o público se integre também dessa importante discussão social”, conta Isadora.

“Na apresentação eu visto um figurino todo em cor da pele e fios vermelhos que representam veias, sangue… e enquanto performo, traço várias linhas vermelhas no espaço, trazendo questionamentos, inquietações e envolvendo o público presente”, diz a artista. “Apresento ali também o nome de pessoas com deficiência que compõem o projeto de alguma maneira, compartilhando experiências”.

O projeto “Deforma: Acessibilidade em Cena e Cultura DEF” foi contemplado com o Edital Fomento CultSP PNAB Nº 27/2024 – Difusão e Circulação de Projetos Artísticos Culturais, e seguirá, ao longo dos próximos meses, por mais duas cidades do Estado. Desde maio, já foram realizadas apresentações em Matão, Sertãozinho, Campinas, Hortolândia, São Carlos, São José dos Campos e Botucatu.

 

Sobre a artista

Isadora Ifanger é artista def, atriz e performer, bacharel em Artes Cênicas pela Unicamp e mestranda no Mestrado Profissional em Artes da Cena: Laboratório de Mediação Cultural – Escola Itaú Cultural e Escola Superior de Artes Célia Helena, onde desenvolve a pesquisa “Entremeios da cultura DEF”, sob orientação de Sônia Goussinsky e Estela Lapponi.

Atua como audiodescritora e produtora de acessibilidade cultural, com foco na acessibilização de todas as etapas de uma produção artística, da elaboração do projeto à mediação com o público e à pós-produção. Também pesquisa a audiodescrição como linguagem teatral, incorporando esse recurso à dramaturgia dos materiais que desenvolve.

Em 2023, estreou seu primeiro espetáculo solo, “Inunda-me”, com direção de Gabriela Ramos, e lançou a performance “Deforma”, dirigida por Estela Lapponi, fruto de sua pesquisa de mestrado. Ambos os projetos foram contemplados pelo Fundo de Investimentos Culturais de Campinas – FICC 2022 e apresentados na cidade de Campinas, onde Isadora reside.

 

Confira as informações completas sobre cada ação abaixo:

 

Atividade formativa “Bordando Cicatrizes”

Data: 20 de setembro (sábado)

Horário: 9h às 12h

Local: Espaço Cultural Circo Navegador (Rua Pref. Mansueto Pierotti, 826 – Centro, São Sebastião)

Sinopse: A oficina “Bordando cicatrizes” é um espaço de troca entre pessoas com e sem deficiência. Na oficina, a mediadora Isadora Ifanger traz a relevância histórica do bordado em espaços de acolhimento de pessoas com deficiência e compartilha um método de bordado expansivo, onde ao invés de tecido e agulha são utilizados materiais de grandes dimensões, como cartolinas, EVAs e semelhantes, que serão desenhados e furados com lápis (aqui substituindo o furo da agulha) e bordados com as próprias mãos com uma linha de fio de malha (a mesma utilizada em Deforma).

 

Performance “Deforma”

Data: 20 de setembro (sábado)

Horário: 20h

Local: Espaço Cultural Circo Navegador (Rua Pref. Mansueto Pierotti, 826 – Centro, São Sebastião)

Acessibilidade: Libras e Audiodescrição

Sinopse: O que pode uma criatura capaz de nascer e viver em todas as ancestralidades e mesmo assim não pertencer a lugar algum? Entre teias e raízes, a artista def (PCD) Isadora Ifanger compartilha a performance Deforma em busca do diálogo entre a cultura def e sua ancestralidade, discutindo formas possíveis de se pensar na ancestralidade de um povo marginal que, em maioria, não possui uma árvore genealógica que condiz com sua própria identificação e elabora também pensamentos deformados do que é a cultura desse povo. Mais pretensiosamente ainda, tem intuito de falar sobre afeto para com os corpos com deficiência através de uma linguagem audiodescrita pela própria performer em cena.

 

Espetáculo “Inunda-me”

Data: 21 de setembro (domingo)

Horário: 19h

Local: Espaço Cultural Circo Navegador (Rua Pref. Mansueto Pierotti, 826 – Centro, São Sebastião/SP)

Acessibilidade: Libras e Audiodescrição

Sinopse: Procurou seu filho em tudo que era úmido, um toque, um respingo de vida que fosse, mas, sem respostas, o desespero, o cansaço e a crescente solidão também a engoliram. Inunda-me toma como inspiração os textos “A dama do mar” de Susan Sontag e o conto “O menino de água” presente no livro Contos de cães e maus lobos de Valter Hugo Mãe, junto ao poema e música “Rio da saudade” de Marcelo Onofri para compartilhar a história de uma mulher que busca na água uma memória perdida, em uma crescente inundação de desespero, amor e alucinações em busca de seu filho já diluído no mar.

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