Marcello Veríssimo
Embora seja uma das rodovias mais seguras e com boa infraestrutura do país, a Rodovia dos Tamoios, que é a principal ligação entre o Vale do Paraíba e o Litoral Norte, se prepara para sua prova de fogo anual: a mobilidade e o fluxo de veículos durante a alta temporada de verão que se aproxima.
Principalmente durante os feriados das festas do fim de ano e, posteriormente, no feriado de Carnaval o excesso de veículos causa grandes congestionamentos em direção aos municípios do Litoral Norte, mesmo após as reformas nos trechos de serra a tendência é que mais a vez a viagem entre o Vale do Paraíba e o litoral, que geralmente dura aproximadamente duas horas seja prejudicada. Cerca de 25 milhões de motoristas trafegam pela Tamoios anualmente.
Para tentar contornar esse problema, o secretário de Logística e Transportes, João Octaviano Machado Neto, e o diretor geral da ARTESP – Agência de Transportes do Estado de São Paulo, Milton Persoli, se reuniram na manhã de hoje (29) com representantes da concessionária que administra a rodovia, no Centro de Controle de Operações (CCO), instalado no Km 65.
O objetivo do encontro, que estava previsto para começar às 11h, foi autorizar um novo estudo sobre a possibilidade de ampliar o limite de velocidade na rodovia, que atualmente tem seus limites de velocidade estabelecido em 80km/h no novo trecho de subida na chamada “Nova Serra” até São José dos Campos, no Vale do Paraíba.
Já no trecho de descida pela atualmente chamada “Serra Antiga”, usado para quem segue até Caraguatatuba, a velocidade varia entre 40 e 60 km/h.
O limite de velocidade na Tamoios é uma das reclamações mais comuns nas redes sociais e nos canais da concessionária.
Os motoristas reivindicam aumento da velocidade para 100 ou 120 km/h. A Artesp(Agência de Transporte do Estado de São Paulo) e a PRE (Polícia Rodoviária Estadual) já se posicionaram contra a possibilidade de aumentar a velocidade no trecho de planalto da Tamoios.
De acordo com a secretaria Estadual dos Transportes, a definição do limite de velocidade é feita segundo manuais do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) que observam critérios como geometria e classe da rodovia, relevo da região e histórico de acidentes.