Marcello Veríssimo
O tráfico de entorpecentes é um negócio lucrativo no Litoral Norte. A Polícia Militar conseguiu desarticular mais uma “biqueira”, que funcionava na Enseada, bairro da costa norte de São Sebastião.
De acordo com a Polícia Militar, equipes da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) e da Força Tática prenderam dois supostos traficantes com mais de 48 quilos de drogas, na noite desta segunda-feira (11).
O flagrante aconteceu durante patrulhamento pelo bairro. De acordo com a polícia, após receber uma denúncia anônima que um automóvel Fiat Pálio cinza estaria sendo utilizado para o transporte e abastecimento em bocas de fumo dos arredores, a polícia conseguiu localizar o veículo e dar um “enquadro” no motorista.
O criminoso tentou fugir, mas acabou preso pelos policiais. Ele estava com um verdadeiro “cardápio” de drogas. De acordo com a PM, com ele foram apreendidos quatro tabletes pequenos de maconha prensada, além de outras duas porções de haxixe, 22 pontos de LSD, outro caroço de maconha e um saco plástico com pasta base de cocaína. Também foram apreendidas duas balanças de precisão e apetrechos para embalar a droga.
O homem acabou engolindo 6 pedras de crack, que estavam escondidas em sua boca. Ao todo, ele tentou esconder 14 pedras. O criminoso foi levado para a UPA na região central de São Sebastião.
O motorista do “Pálio do crime” ainda entregou um comparsa que estaria “de guarda” em um barraco com mais drogas. A Força Tática localizou o imóvel, que funcionava como uma espécie de depósito das drogas. O soldado do tráfico também acabou preso. A PM apreendeu outros 40 tijolos de maconha.
A dupla foi levada para a Delegacia de São Sebastião, na região central do município.
“Salários” – Em grandes cidades com pontos de venda dominados por traficantes, como é o caso do Rio de Janeiro, jovens iniciantes no crime podem ganhar de R$100 a R$3 mil por semana, segundo reportagem do jornal Folha de São Paulo.
À medida que vão ganhando confiança dos chefes, passam a olheiros ou fogueteiros -pessoas que alertam sobre a chegada da polícia. A partir daí, ao subir de posto, podem chegar a “gerente-geral”, recebendo de R$ 2.000 a R$ 3.000 por semana.