Marcello Veríssimo
A decisão do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) de suspender as operações no Porto de São Sebastião, nesta segunda-feira (8), foi mantida em sigilo pelas autoridades. De acordo com o Ibama, existiriam “irregularidades” que precisam ser resolvidas no porto.
O Ibama não diz quais são essas irregularidades e nem quais penalidades, ou detalhes sobre o que levou à interdição. A reportagem do JDL procurou o órgão para saber detalhes da decisão, mas não obteve resposta.
O que se sabe até agora é que a operação está proibida para a atracação de navios, operações e movimentações logísticas com caminhões e guindastes.
A Cia Dicas de São Sebastião divulgou uma nota à imprensa em que diz estar em “tratativas com o Ibama e vem adotando todas as medidas necessárias a fim de atender as exigências do órgão e restabelecer os serviços de forma integral para restabelecer os serviços de forma plena”.
A reportagem do JDL conversou com trabalhadores do Porto de São Sebastião nesta quarta-feira (10) que só concordaram em conceder entrevista sob anonimato. Eles disseram que a decisão do Ibama foi motivada pelo não cumprimento de “condicionantes do setor ambiental”. “Ações que sempre foram tomadas pela Cia Docas, mas que infelizmente de muitos avisos, multas e ofícios o Ibama resolveu suspender a licença operacional do Porto”.
Na prática, a decisão do Ibama impede que operações como o embarque e desembarque de mercadorias, por exemplo, sejam realizadas no cais do Porto. “Não movimenta 1 quilo de carne”, disseram os trabalhadores.
Ainda segundo o comunicado oficial da Cia Docas, nos próximos dias, o secretário estadual de Logística e Transportes, João Octaviano Neto, irá se reunir com representantes do Ibama para avançar nas negociações. Para os trabalhadores, essa reunião deve acontecer nesta quinta-feira (11). “Foi um susto. Esperamos que até sexta possamos voltar ao trabalho”.
Os trabalhadores ainda lembram que, apesar do susto, e de ser uma “situação muito delicada” o Porto de São Sebastião não é o único do país que passa por este tipo de crise. Citam como exemplo o Porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro, que também já teve sua licença operacional suspensa.
Essa é a balela da história de gestor técnico. O presidente da Cia Docas chama-se Paulo Oda. Ele veio do mercado financeiro, por indicação política.
Não é possível, deixar um porto parar, por descumprimento de exigências do Ibama.
Será que não tiveram tempo de adequar? Pra haver a suspensão, o Ibama deve ter notificado várias vezes.
Enfim, indicação política é isso.
Não podemos cair na falácia do tal gestor…todos são iguais.
E se privatizar piora. Porque além da figura controversa do “gestor”, o estado perde um ativo importante.