Marcello Veríssimo
Um crime com requintes de crueldade. Moradores da Praça Major João Fernandes, na região central de São Sebastião, estão perplexos com uma chacina de gatos que vem sendo realizada há aproximadamente 1 mês. O modus operandi do assassino é sempre o mesmo: os corpos dos animais são enterrados, praticamente mutilados, embaixo da mesma árvore, que fica em um ponto estratégico no cruzamento entre a rua Duque de Caxias e a João Fernandes.
O ponto exato em que os gatos são enterrados fica praticamente em frente a câmera de monitoramento instalada na Câmara de São Sebastião. Até a noite desta terça-feira (27) quatro animais já tinham sido mortos, segundo os moradores da região.
De acordo com eles, um boletim de ocorrência sobre o caso foi registrado na delegacia. A reportagem do JDL, durante este mês, presenciou inúmeros episódios de moradores revoltados com a matança dos animais. A área da praça em que os bichos foram enterrados fica ao lado da Igreja Matriz, da Câmara Municipal, de um condomínio residencial e de vários estabelecimentos comerciais. “É sempre de madrugada, a gente acorda e vê os gatos com a barriga aberta, com as patas amarradas”, diz o morador Eduardo Rangel. Anteriormente, no último dia 21, outro animal foi encontrado nas mesmas condições e no mesmo local.
Novamente, desde que o primeiro animal foi encontrado morto, moradores foram à Câmara pedir ajuda aos vereadores para resolver o mistério, já que segundo eles tanto a Polícia Militar quanto a Polícia Ambiental foram procuradas e não se prontificaram a ajudar a solucionar o caso.
Para alguns, também pode se tratar de magia negra. “É sempre de domingo pra segunda ou de terça pra quarta que eles aparecem mortos. Mas ninguém resolve nada, ninguém disponibiliza imagem de nada, que não existe nada suspeito”, diz Eduardo.
O morador conta que não considera possível que, com a potência do modelo da câmera instalada na frente da Câmara, não seja possível identificar o autor dos crimes. “Uma pessoa assim tem que fazer mal pra ela mesma e não para os animais”.
Enquanto esteve na sessão da Câmara Municipal, o JDL tentou falar com os vereadores mas nenhum comentou o assunto.