Marcello Veríssimo
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que hoje se autodeclaram como Patriotas, intensificaram nesta terça-feira (15) sua presença em frente a sede da Delegacia da Capitania dos Portos – Marinha do Brasil, na região central de São Sebastião. A manifestação “Grande Grito de S.O.S Forças Armadas do Brasil” é o maior movimento do tipo no Litoral Norte, que começou logo depois do segundo turno das eleições no dia 30 de outubro durante a onda de atos antidemocráticos que se espalhou pelo Brasil. A Polícia Militar e a Polícia Municipal acompanham a movimentação.
De acordo com os organizadores, desta vez, o objetivo é mostrar a força do povo reunindo moradores de Caraguatatuba, Ilhabela e São Sebastião para o “maior combate contra qualquer tentativa de comunismo e o crime organizado se apoderar do comando do nosso país”. “Seremos todos uma só voz e força de clamor pela liberdade do Brasil”.
Os manifestantes dizem que o movimento segue pacífico e tem como maior arma a voz, a força e a união de todos para pedir por um país soberano e “livre das garras da mentira e de comunistas que querem saquear o Brasil”.
Desde que chegaram à frente da Marinha, no começo deste mês, os “soldados civis” passaram a se revezar e permanecem no local. Desta vez, diferentemente de ocasiões anteriores, e seguindo recomendação do Ministério Público, os integrantes deixaram o acesso da rua livre para o trânsito ocupando os dois lados da calçada com cadeiras e barracas, caminhão e até um modelo de motorhome adaptado.
Assim como acontece desde o início, entre as reivindicações estão a intervenção federal/militar, a queda e a inelegibilidade do presidente Lula.
Nenhum dos manifestantes quis falar com a reportagem do JDL ou indicaram um representante do ato. “O movimento é de todos, vamos permanecer até a mudança acontecer”, disse um deles.