Marcello Veríssimo
O Portal G1, do Grupo Globo, divulgou no início da noite desta quinta-feira (12) trechos dos depoimentos dos presos que invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e a sede do STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília, no último dia 8.
De acordo com a polícia do Distrito Federal mais de mil pessoas estão presas, entre elas um morador de Ilhabela, identificado como Fabrício de Moura Gomes, 45. Além dele, outras quatro pessoas que seriam da região também estão detidas.
Conforme a reportagem do G1, Fabrício disse à Polícia Civil que “não sabia que não podia entrar no Congresso Nacional”. Ele é um dos centenas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que permaneceram acampados em frente a sede da Delegacia da Capitania dos Portos – Marinha do Brasil, em São Sebastião, desde o resultado das eleições presidenciais em outubro do ano passado.
O morador de Ilhabela disse não ter advogado. A reportagem do JDL, assim como o G1, não conseguiu contato com a família do empresário e nem confirmar qual o nome do restaurante que ele disse gerenciar em meio a tantas especulações que circulam nas redes sociais.
De acordo com o relato de Fabrício, a decisão de ir ao DF surgiu junto com um grupo de amigos que estavam no acampamento e resolveram fretar um ônibus.
O documento, vazado pelo G1, diz que o grupo chegou a Brasília no dia 6 de janeiro e pretendia voltar ao Litoral Norte na segunda,9, um dia após a manifestação. Durante o período que esteve em Brasília, o empresário de Ilhabela alugou um quarto na cidade junto com outros quatro integrantes do grupo e no dia 8 de janeiro, dia da invasão, chegaram ao acampamento em frente ao Quartel do Exército por volta das 11h.
Pelo que transparece, Fabrício disse que viu centenas de manifestantes caminhando em direção da Esplanada dos Ministérios e percebeu que havia muitas pessoas invadindo o Congresso Nacional e se junto ao grupo.
Fabrício confessou que entrou no Congresso, seguiu para a parte inferior do prédio e foi contido pelos oficiais do exército. “Ao chegar, se separou com militares do exército, permanecendo deitado no chão. Logo depois os policiais militares chegaram e o levaram”, diz o documento.
Fabrício também disse que não concorda com a eleição de Lula, mas que não sabia que não era permitido entrar no Congresso Nacional.