Marcello Veríssimo

Moradores da Vila Sahy, epicentro da tragédia que devastou a costa sul de São Sebastião durante o Carnaval deste ano, realizaram neste sábado (11) um protesto pedindo esclarecimentos sobre os prejuízos causados pela tempestade.

A manifestação ocorreu de forma pacífica e teve convocação feita pelas redes sociais. O principal objetivo foi cobrar transparência em relação à construção das novas moradias populares aos desabrigados.

De acordo com os organizadores, a manifestação contou com a participação de centenas de pessoas que se reuniram na praça da Vila Sahy com diversos cartazes e palavras de ordem. Participaram também moradores que ainda continuam nas áreas de risco e autoridades polìticas do município.

A manifestação foi organizada por diversas entidades da sociedade civil, entre elas o Coletivo Caiçara. A maior preocupação é em relação às famílias que perderam as casas onde moravam com a enxurrada.

Os organizadores informaram que faltou transparência do poder público sobre as moradias que serão construídas.

Além das moradias, o grupo também solicitou informações sobre o dinheiro que foi doado às ONGs e à prefeitura, mas que não seria destinado às vítimas da tragédia.

Governo Estadual – O governo de São Paulo publicou na semana passada os decretos para desapropriar duas áreas em São Sebastião destinadas à construção das moradias populares às vítimas da chuva que causou 64 mortes na cidade e deixou mais de mil pessoas desabrigadas e desalojadas.

Dois destes terrenos ficam no bairro Baleia Verde e, juntos, medem quase 40 mil metros quadrados. A ideia da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) é regularizar a área transformando o terreno em ZEIS (Zona de Especial Interesse Social).

O Estado já havia desapropriado um terreno de 10 mil metros quadrados na Vila Sahy. A Prefeitura de São Sebastião também cedeu terrenos nos bairros Maresias, Topolândia e Barequeçaba.

A previsão do governo estadual é que as obras estejam concluídas em um prazo de até 180 dias. O objetivo é construir mais de 900 imóveis, entre casas e prédios de até quatro andares.

Desabrigados – A tempestade deixou mais de mil
desabrigados no município. De acordo com a prefeitura, 923 foram acolhidos em pousadas e hotéis da Costa Sul e 152 na região central, que permanecerão hospedados na rede hoteleira
por cerca de um mês.

Depois desse período, pelo cronograma, elas devem ser transferidas provisoriamente para as unidades habitacionais do Condomínio Quaresmeira, em Bertioga, por aproximadamente oito meses.

By srneto

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