Marcello Veríssimo

Uma notícia que se espalhou como rastilho de pólvora na tarde desta quinta-feira (30) pela internet e na imprensa do litoral. O presidente da Câmara Municipal de Ubatuba, Eugênio Zwibelberg (União Brasil), usou as redes sociais para denunciar que está recebendo ameaças de morte pela aprovação da comissão processante que vai apurar as supostas irregularidades cometidas pela prefeita Flávia Paschoal (PL) no caso que ficou conhecido como “compra dos pães”, que quase derrubou a prefeita do cargo.

A licitação foi orçada em R$ 15 milhões. A fachada principal da sede do Legislativo amanheceu pichada nesta quinta-feira. “Breca a CPI. Vai morrer Eugênio”, diz a pichação.

O presidente da Câmara disse que trata-se de um ato inadmissível para qualquer cidadão. “É preciso deixar claro que esse ato não vai me intimidar e nem me vai custar a minha atuação como presidente do legislativo. Ficamos preocupados, vamos redobrar a atenção, mas não deixaremos de realizar o nosso trabalho”, disse Eugênio.

Ele disse ainda que irá tomar as medidas cabíveis para tentar identificar o autor ou autores da pichação e da ameaça de morte. O prédio da Câmara não possui sistema de monitoramento na parte de fora, sendo apenas interno. A polícia deve pesquisar câmeras da rua, em residências vizinhas ao prédio para tentar chegar aos culpados.

O vereador Junior JR (Podemos) também falou sobre o caso nas redes. Ele disse que todos foram surpreendidos pelas ameaças. “Hoje fomos surpreendidos com ameaças e vandalismo. A democracia precisa ser respeitada. Espero que estas ações sejam punidas exemplarmente”.

O vereador Josué D’ Menor (Avante) também citado nas pichações não comentou o assunto.

A comissão processante vai investigar uma licitação feita pela prefeitura, envolvendo supostamente, a compra dos produtos em uma padaria da família da prefeita Flávia Paschoal.

A comissão processante é presidida pelo vereador Júnior JR e tem como membros Eugênio Zwibelberg e Rogério Frediani. Eles têm 90 dias para denunciar ou não a prefeita Flávia Paschoal (PL) neste caso.