Marcello Veríssimo
O CDP (Centro de Detenção Provisória) Dr. José Eduardo Mariz de Oliveira, em Caraguatatuba, é alvo da segunda fase da operação Proditio, do Ministério Público Paulista contra o tráfico de drogas dentro da unidade na manhã desta quarta-feira (5). Oito pessoas são alvo da investigação. Três mulheres foram presas nesta manhã e outros quatro criminosos que já estão na cadeia. De acordo com a polícia, uma outra suspeita segue foragida.
O MP informou que esta é a segunda fase da operação que tem o objetivo de desarticular a ação de uma quadrilha criminosa que levou o tráfico para dentro do presídio.
O bando, segundo a investigação, integra a facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios de São Paulo.
A operação nesta quarta-feira contou com o apoio do Baep (Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar) e cumpriu mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça. A polícia apreendeu dois telefones celulares e cartas que são atribuídas à facção criminosa.
Crime Organizado- A atuação do crime organizado dentro da unidade prisional em Caraguatatuba veio à tona no ano passado por ocasião da fase inicial desta operação, realizada em dezembro de 2021. O agente penitenciário Marcelo Pimenta Fernandes está preso na unidade e, segundo a polícia, com a ajuda da amante levava drogas para os detentos.
Marcelo e Tatiane foram condenados em outubro do ano passado. A mulher segue foragida. Os policiais foram até o endereço em que ela supostamente morava em Taubaté, no Vale do Paraíba, mas não a encontraram.
As investigações começaram em dezembro de 2020. De acordo com o MP, Marcelo se associou a membros da facção.
O agente penitenciário é acusado de receber propina para entrar com drogas e celulares no presídio, burlando o esquema de segurança.