Marcello Veríssimo
O delegado Albertino Domingos da Polícia Civil, em Ubatuba, disse aos jornalistas nesta sexta-feira (14) que o assassino Michael Bergel, que confessou ter matado seu vizinho em uma sessão de terapia, não demonstrou nenhum tipo de arrependimento pelo crime. “Em momento algum ele mostrou arrependimento do que fez, tampouco deixou transparecer qualquer tipo de sentimento. A única preocupação dele era ser encontrado por amigos, por familiares da vítima e eles viessem a fazer algo mau para ele”, disse o delegado.
Michael está preso desde a última quinta-feira e o caso é investigado pela polícia. O homicídio aconteceu no dia 30 de março.
Tanto o assassino quanto a vítima eram moradores do bairro Ubatumirim, na região norte do município. Eles haviam se encontrado no dia do desaparecimento da vítima, Michael teria sido a última pessoa a ver o vizinho.
O delegado disse que na casa de Bergel a polícia realizou uma entrevista preliminar e ele contou detalhes de como praticou o crime. “Apontou o lugar da cova, uma cova rasa, por sinal, ao lado da casa”, disse o delegado.
O delegado disse que o homem, que tem 27 anos, também confessou já ter matado animais como cachorros e gatos. De acordo com a polícia, Michael disse que matou o vizinho por estar com vontade de cometer um assassinato.
O delegado disse que na adolescência o assassino começou a matar animais com facas, machadinhas e tirava pedaços desses animais para guardar como troféus e que desde essa época começou a surgir nele uma vontade de matar um ser humano. “Mas ele conseguiu controlar essa vontade com o uso de drogas, cocaína”.
Bergel vai responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A defesa do homem ainda não se manifestou sobre a prisão.
O Conselho Regional de Psicologia de São Paulo disse que o psicólogo que avisou a polícia sobre o crime não cometeu irregularidades no exercicio da profissão.
