Marcello Veríssimo

A balneabilidade das praias é um dos principais indicadores de um problema antigo no Litoral Norte: a precariedade do saneamento básico nas cidades da região.

Em Ilhabela, por exemplo, a praia do Itaquanduba, ao norte do arquipélago, foi classificada como a mais poluída do município nos primeiros quatro meses deste ano. A contratação é da Cetesb (Companhia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo) que informou que a praia esteve imprópria em 10 das 18 semanas do ano até agora.

O esgoto no mar é o principal vilão da má balneabilidade. O banho de mar nas praias que estejam sinalizadas com bandeira vermelha pode propiciar o contágio de doenças.

De acordo com a Cetesb, 19 praias são monitoradas toda semana em Ilhabela. A orla da ilha tem 42 praias.

Além de Itaquanduba, entre os meses de janeiro a abril, a praia da Armação, também ao norte, esteve imprópria durante sete semanas. Depois, Julião, Veloso e Curral, todas praias do sul, também englobam o rol de praias recordistas com bandeira vermelha no primeiro quadrimestre do ano.

Saneamento

A prefeitura do município informou aos jornalistas que investe cerca de R$ 6 milhões em obras no bairro Itaquanduba que abrangem 5,5 km de rede coletora de esgoto e 400 ligações domiciliares.

O prefeito de Ilhabela, Toninho Colucci (PL) disse que com a implantação da rede coletora de esgoto, o município avança em direção a um futuro mais sustentável. Colucci disse que cada real investido em saneamento gera economia na saúde pública. “Este importante investimento visa melhorar a qualidade de vida dos moradores da região e também preservar nosso meio ambiente e a balneabilidade de nossas praias”.

Em Ilhabela, apenas 62% das moradias possuem coleta e tratamento de esgoto adequado, o segundo pior índice do litoral norte paulista.

Problema recorrente, as praias do Itaguaçu e Itaquanduba sofrem com a má balneabilidade, que é comprometida com o lançamento de esgoto in natura.

No Litoral, Caraguatatuba é a cidade que registra melhor desempenho nos índices de saneamento, com 91% das residências com rede de coleta e tratamento de esgoto.

São Sebastião e Ubatuba

Já em São Sebastião, 73% das moradias têm rede de coleta e tratamento de esgoto.

Em Ubatuba, o índice é ainda pior com 54% da população sem esgoto conectado à rede da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

By srneto

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