Marcello Veríssimo
A Secretaria de Turismo, em São Sebastião, divulgou nesta terça-feira (23) levantamento sobre o chamado abrigamento de desalojados na rede hoteleira do município, após a tempestade do Carnaval, que devastou a costa sul do município na noite do dia 19 de fevereiro. De acordo com a pesquisa, permitiu uma movimentação econômica que girou em torno de R$ 8,7 milhões.
Neste período, foram cerca de 1.200 pessoas hospedadas em 20 pousadas da Costa Sul, a região mais atingida, e na Colônia de Férias do Itaú, na região central.
A secretária adjunta de Turismo, Niuara Leal, disse que o suporte oferecido para colocar essas pessoas em um abrigo com direito a cama e três refeições ajudou as famílias afetadas. “E o próprio comércio das áreas afetadas com recursos que também impediram que os estabelecimentos fechassem suas portas”.
A prefeitura informou que durante 60 dias de abrigamento as empresas privadas, do Terceiro Setor e Organizações Não Governamentais (ONGs) se uniram com os governos estadual e municipal no pagamento das diárias para essas famílias.
De acordo com Niuara, o resultado foi bem positivo porque movimentou, principalmente, os bairros de Juquehy, Barra do Sahy, Camburi e Boiçucanga, na costa sul da cidade. “Onde os moradores foram abrigados, assim como os entornos com movimento nos comércios, restaurantes, mantendo a rotina para que esses estabelecimentos se mantivessem em funcionamento”.
O dono da Pousada Recanto dos Tangarás, Flávio Maturana, disse estar bem satisfeito com o resultado. “No começo todo mundo tentava entender o que aconteceria e como ficaria a situação. Quando fomos chamados para ajudar a comunidade vimos que era possível e tivemos uma troca para que o comércio se mantivesse forte”, disse o hoteleiro. “Nossos clientes foram muito solidários e estamos prontos para recebê-los de braços abertos”, completou.
O empresário Fábio Miller, da Pousada Aroeira, disse que se sensibilizou com a situação dos moradores da Costa Sul e todo o apoio recebido com doações, abrigamento e gente ajudando o tempo todo. “Se não houvesse esse apoio das empresas e do governo, com certeza seria uma quebradeira total”.
Para André Vieira de Moraes, da Pousada Moryba, essa foi a forma que conseguiram ajudar. “Foi uma ajuda de mão dupla, porque poderíamos ter demitido todos os funcionários”, disse André.
O prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto, agradeceu todo o empenho disponibilizado para ajudar as famílias desabrigadas. “Por conta do apoio recebido do Estado, da União, de pessoas que se sensibilizaram com a situação em São Sebastião, estamos hoje na fase de reconstrução da nossa cidade”.