Marcello Veríssimo
Para o bom andamento dos processos clínicos e de saúde pública, é preciso que tanto os pacientes quanto as instituições estejam em sincronia. Mas o que se percebeu no primeiro semestre deste ano é que a região registrou alto índice de faltas nas consultas médicas dentro do sistema público de saúde.
Em Caraguatatuba, o Hospital Regional do Litoral Norte registrou média de 15% de absenteísmo, ou seja, o paciente agenda consulta e não vai.
Das 1.107 consultas agendadas, 174 pacientes não compareceram e dos quase 3 mil exames marcados, 418 não foram realizados.
Nas unidades básicas de saúde as altas taxas de faltas também se repetiram em São Sebastião e Caraguatatuba. De acordo com as secretarias de saúde, as faltas prejudicam o atendimento da população de forma geral.
Em São Sebastião, cerca de 24% dos moradores faltaram às consultas e exames entre janeiro e maio deste ano. Em Caraguatatuba, durante o 1º quadrimestre deste ano, foram registrados 21,39% de faltas em consultas e exames ambulatoriais da rede municipal.
São Sebastião
Ainda em São Sebastião, a prefeitura informou que registrou 9.473 faltas em consultas com enfermeiros e médicos das Unidades de Saúde da Família (USFs) do município entre janeiro e maio. Os números equivalem a 24% das 39.321 consultas agendadas neste período.
De acordo com a prefeitura, somente em maio, foram 6.067 agendamentos de consultas com médicos da Atenção Básica, dos quais 1.488 se perderam pelo não comparecimento dos pacientes, que é equivalente a quase um quarto do total (24,53%). Das 2.676 consultas com enfermeiros, 829, 30,98%, deixaram de acontecer devido às faltas da população.
A prefeitura informou que as USFs que registraram maior número de faltas em maio foram a de Boiçucanga I, com 38,67% de ausências em consultas com médicos e 53,06% com enfermeiros; e Maresias II, com 33,47% de faltas às consultas médicas e 35,29% aos atendimentos com enfermeiros.
