Marcello Veríssimo

Um lugar para esquecer dos problemas, se conectar com a natureza sem estarmos na praia mesmo estando no Litoral Norte. Sim, o Haras Outback é uma espécie de oásis que faz bem para o corpo e a alma. Instalado em uma imensa área útil de cinco hectares ou cerca de 50 mil metros quadrados, no bairro Jaraguazinho, a cinco minutos da região central de Caraguatatuba, proporciona ao visitante momentos terapêuticos, em contato com os cavalos e a natureza que os consultórios não conseguem proporcionar.

O produtor rural e criador de cavalos, Rodrigo Simões, 49, recebeu a reportagem do JDL na tarde deste sábado (1) para mostrar, na prática, os benefícios da equitação.

Equitação, segundo o dicionário, é a arte de cavalgar. De acordo com os especialistas, são diversos benefícios que estar em contato com um cavalo pode trazer a saúde física e mental dos seres humanos, como por exemplo, fortalecer os músculos dos braços e das costas, melhorar a postura e a capacidade cardiopulmonar. A equitação em si é terapêutica, mexer, tocar, tratar de um cavalo é um processo terapêutico, dizem os especialistas. “Nossa família sempre foi do campo, no fundo da casa do meu avô era muito roceiro, quando ele veio morar em Caraguá, no fundo da casa dele, que era no trevo tinha uma roça que ele plantava de tudo e mexeu com tropa de cavalos”, explica Rodrigo, que herdou a tradição de família e atualmente gerencia o haras que existe há 50 anos, quando seu pai comprou a propriedade em 1973. “Meu avô, seu Chico Mascate, foi tropeiro e comerciante em São José dos Campos e em Paraibuna, onde nasceu meu pai, que posteriormente se estabeleceu no trevo de Caraguá, que parada de caminhoneiros e ele montou um armazém e restaurante, mas mantinha uma roça atrás da residência onde cultivava de tudo um pouco”, explicou Rodrigo.

De acordo com ele, após se formar engenheiro agrônomo na Universidade Federal de Santa Catarina, foi aprofundar seus estudos em equideocultura e manejo ambiental na Austrália, de onde trouxe o nome ‘Outback’ ao haras, para homenagear o país que contribuiu tanto para o seu desenvolvimento profissional e pessoal.
“Meu pai, Sr. Binho, adquiriu essa propriedade quando eu nasci e sempre teve vacas de leite e cavalos aqui. Hoje dedicamos apenas a equideocultura”

Seu primeiro contato com cavalos que ele lembra foi por volta dos 5 anos. “Nossa intenção sempre foi melhorar em qualidade e hoje estamos com 14 cavalos e hoje em dia trabalhamos só com o Mangalarga marchador, já tive outras, mas estabelecemos que só íamos criar essa raça”, disse Rodrigo, que é engenheiro agrônomo por formação.

Um dos pontos mais marcantes do magnetismo entre os cavalos e os seres humanos acontece principalmente com as crianças, assim como foi com Rodrigo em sua infância, mas hoje com o advento das séries algumas delas chegam já com a ideia preconcebida, como o sucesso da personagem Amy Flaming, da série Heartland, da Netflix. “Muitas coisas as crianças querem fazer, algumas a gente faz, outras eu explico que é ficção e existe diferença entre ficção e realidade”. “Algumas crianças que tem o primeiro contato com o cavalo na televisão eles vem querendo viver muito aquilo e a gente proporciona algumas coisas”, disse Rodrigo. “Eu sempre tive muita paixão de ver as outras pessoas sentindo o que eu sinto sobre sela”, completou.

Rodrigo conta que o que ele mais gosta de fazer na vida é andar a cavalo, mas depois de ver alguém com um sorriso no rosto ao andar em um dos seus cavalos. “É a coisa que mais me fascina colocar uma pessoa em cima de um cavalo que eu criei, adestrei e ver que ela está sentindo e vivendo a mágica deste momento, é o que me deixa realizado”.

O Haras Outback é um criatório e um lugar para abrir a mente das pessoas sobre o universo da equitação. Para saber mais sobre o trabalho desenvolvido por eles, basta seguir o perfil oficial no Instagram @harasoutback e consultar por Whatsapp (12) 99774-0536 para agendar o horário de visita.