Marcello Veríssimo
A companhia Docas de São Sebastião, autarquia vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo (Semil), divulgou nesta terça-feira (11) balanço do primeiro semestre do ano que aponta crescimento tanto em operação quanto em resultados no Porto do município.
De acordo com os dados, de janeiro a junho, o terminal movimentou aproximadamente 484 mil toneladas de carga, contra 380 mil toneladas registradas no mesmo período de 2022. Trata-se de um acréscimo de 27,18%, o melhor índice absoluto nos últimos 15 anos.
Durante o período, o terminal também registrou a passagem de mais de 480 mil toneladas de produtos, o melhor volume absoluto desde 2008. A movimentação também refletiu fortemente na receita, que passou de R$ 13,1 milhões para R$ 22,4 milhões este ano, um aumento de 71,23%.
A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, disse que os números positivos mostram os benefícios da adoção de políticas públicas baseadas no aperfeiçoamento dos mecanismos de gestão.
“A partir do mapeamento e identificação de gargalos na operação, pudemos avançar com ações estruturantes e de regulação focadas na melhoria nos serviços prestados aos usuários”,
O diretor-presidente da Cia do Porto de São Sebastião, Ernesto Sampaio, disse que esse crescimento continuo é fruto do esforço conjunto de todos os envolvidos nas operações portuárias. “E de uma administração focada em resultados”, ele disse.
Gestão – Os resultados positivos do semestre refletem ainda o posicionamento da gestão do Porto, que estabeleceu descontos de 87,16% no valor das tarifas para cargas, 45% para as taxas relativas à operação com veículos (modalidade que o porto de São Sebastião está retomando) e para as relativas à infraestrutura operacional de acesso aquaviário 72%. O maior desconto aplicado, no entanto, foi para a armazenagem, cujas tarifas estão reduzidas em 85%.
Ernesto Sampaio disse que a padronização deixava a média por tonelada em São Sebastião muito acima da realidade do mercado. “Com essa redução de preço, o terminal, que já vinha se mostrando competitivo, ganha ainda mais destaque na concorrência de interportos”.
Durante o primeiro semestre de 2023, a principal carga movimentada foi a barrilha, que é carbonato de sódio anidro, matéria-prima para fabricação de vidros e para a indústria de produtos de limpeza a granel e em sacos, com 173 mil toneladas.
Na sequência, aparece o malte para a
indústria cervejeira e o açúcar em sacos, que somaram mais de 198 mil toneladas.
