Marcello Veríssimo
O veleiro Crioula, de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, foi o barco fita-azul durante a Regata 100 anos Atrevida por Boreste – Marinha do Brasil, disputa que abriu a 50ª edição da Semana Internacional de Vela de Ilhabela. A equipe cruzou a linha de chegada às 23h12 do domingo (23) após quase 11 horas de prova.
O veleiro TP52 do atleta olímpico Samuel Albrecht enfrentou uma regata com bastante variação de vento desde a largada no Canal de São Sebastião. Em alguns pontos da travessia de 50 milhas náuticas, os barcos da classe ORC ficaram praticamente parados pela falta de vento.
A regata por Boreste é sempre uma das mais emocionantes da SIVI. A tripulação do Crioula, atual campeã da disputa, em alguns momentos chegou a ficar atrás dos argentinos do Sandokan, que foram os primeiros a montar a ilha de Alcatrazes já no final da tarde de domingo. No retorno para o Yacht Club de Ilhabela, os gaúchos assumiram a liderança aproveitando as características do TP52 e terminaram o percurso em primeiro lugar.
O comandante do Crioula, Samuel Albrecht, disse que foi uma regata dura, de paciência e com pouco vento. “Tomamos muitas decisões táticas para escolher o melhor caminho. A segunda parte foi uma boa velejada e por sorte a gente chegou”. “O TP52 é um barco muito rápido, mas hoje quando o vento parou, as equipes se aproximaram da gente”, disse Samuel.
O segundo a cruzar a linha de chegada foi o Phoenix, de Mauro Dottori e Fábio Cotrin, seguido pelo argentino Sandokan.
Sucesso
O veleiro Crioula tem uma história de sucesso com a regata Alcatrazes. Além de ter vencido no ano passado, o veleiro bateu em 2018 o recorde da regata em 6 horas, 1 minuto e 42 segundos. A marca anterior era do Camiranga (com a mesma tripulação do Crioula), um Soto 65, que completou em 6 horas, 4 minutos e 03 segundos, em 2015.