IBGE divulga dados sobre o povo quilombola: Ubatuba é a cidade da região com maior número

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Marcello Veríssimo

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quinta-feira (27) os resultados do Censo 2023, referentes às perguntas para identificar quem se autodenomina quilombola. Ubatuba é a cidade da região com mais de mil moradores quilombolas, divididos em quatro comunidades, sendo o município com mais número de mocambos na Região Metropolitana do Vale do Paraíba.

De acordo com o IBGE, existem ao todo mais de 1.371 quilombolas atualmente na cidade, o que representa 1,5% da sua população. Os dados são inéditos.

A segunda cidade da região com maior número de descendentes de escravos africanos é São Bento do Sapucaí, com 111 pessoas. Em seguida vem Guaratinguetá, com 33 e Bom Jesus dos Perdões com 26.

De acordo com a história, os quilombos eram espaços de liberdade e resistência para comunidades que viviam escravizadas entre os séculos XVI e XIX. Cem anos depois da abolição, a Constituição de 1988 criou a nomenclatura “comunidades remanescentes de quilombos” – expressão que, naturalmente, foi substituída pelo termo “quilombola” ao longo dos anos.

De acordo com o IBGE, uma pessoa que se autodenomina quilombola possui laços históricos e ancestrais de resistência com a comunidade e com a terra em que vive.

Ubatuba

Em Ubatuba, os primeiros registros mostram a existência dos quilombos no século XIX. Quatro ainda existem até hoje.

A maior comunidade quilombola, chamada Caçandoca, atualmente possui cerca de 85 famílias.

A Fundart (Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba), ligada à prefeitura, informou que a Caçandoca é conhecida como a primeira comunidade quilombola no país a conseguir um decreto de desapropriação do governo federal no ano de 2006.

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