Marcello Veríssimo
A Secretaria da Saúde e do Meio Ambiente, em São Sebastião, confirmaram na última quinta-feira (17) a ocorrência do segundo caso positivo de Influenza Aviária (H5N1) em uma ave silvestre. Trata-se de um Trinta-reis-de-bando, que foi resgatado por uma equipe do Instituto Argonauta, na praia do Arrastão, região central do município.
Foi feita a coleta de exame no CCZ (Centro de Controle de Zoonose). De acordo com a prefeitura, a primeira ave foi coletada em uma unidade da Petrobras próxima à conhecida “Praia dos Boneteiros”, na região central de São Sebastião, no dia 6 de julho.
A diretora de Vigilância em Saúde, Fernanda Paluri, disse que logo que as aves suspeitas são encontradas, seguindo os protocolos estabelecidos, é feito contato imediato com o Serviço Veterinário Oficial para comunicar.
“As ações acontecem por meio da Defesa Agropecuária em parceria com o CCZ. Temos plantões veterinários diariamente, inclusive aos finais de semana e feriados, para atendimento de qualquer ocorrência relacionada a aves com suspeita da doença”, disse a diretora.
Fernanda disse que o Instituto Argonauta também trabalha em conjunto com o CCZ e que já foram feitas diversas visitas pela Defesa Agropecuária em locais onde ocorrem atividades de subsistência, ou seja, de eventual consumo de aves pelo próprio produtor. “A Vigilância Epidemiológica também faz o acompanhamento caso alguém tenha entrado em contato com esses animais no período de dez dias”.
O Estado de São Paulo contabiliza 13 casos confirmados de gripe aviária em oito municípios, todos sendo em animais. No Brasil são 80 casos da doença.
Orientações
O Centro de Controle de Zoonoses de São Sebastião alerta os moradores sobre como agir caso encontrem aves com comportamento suspeito de H5N1.
As aves infectadas pelo vírus podem apresentar sintomas bastante variáveis, entre eles, sinais respiratórios como espirros, tosse, lacrimejamento, “cara e crista inchados”, corrimento nasal e dificuldade respiratória. Podem, também, diminuir a ingestão de alimentos e a produção de ovos, apresentar diarreia, sinais como incoordenação motora, torcicolo e alta mortalidade.
As espécies que inicialmente correspondem ao perfil de maior interesse epidemiológico são aves aquáticas migratórias com comportamento de formação de bandos ou colônias, com alimentação, descanso, produção de ninho ou reprodução associados a ambientes aquáticos como patos, gansos, marrecos, gaivotas, jaçanãs, maçaricos, trinta-réis, entre outros.
No entanto, uma vez que esteja disseminado o vírus, a doença pode afetar qualquer espécie de ave, causando enormes prejuízos à avicultura comercial e riscos à saúde pública.