Ativistas da causa animal defendem a suspensão do transporte de gado vivo no Porto de São Sebastião

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Marcello Veríssimo

A causa dos defensores da causa animal, que são contrários ao embarque de cargas vivas no Porto de São Sebastião ganhou nova força depois da audiência pública realizada na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), na última quinta-feira (31).

Trata-se de uma luta antiga na região que ainda não foi vencida em razão do poder do capitalismo na sociedade em que vivemos. Os ativistas da causa animal e moradores da cidade apresentaram aos parlamentares os possíveis danos causados à economia local, ao meio ambiente e aos animais.

O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL), que organizou a audiência pública, disse que o debate marca o resgate de uma luta já iniciada na Alesp. “Tivemos um movimento histórico em 2018, quando nós enfrentamos o agronegócio e os grandes grupos econômicos da área”, disse Giannazi.

Um dos pontos levantados durante a audiência é que, apesar da sua importância econômica, o Porto de São Sebastião tem apenas um berço para atracação com capacidade de receber grandes embarcações de carga. Os ativistas dizem que a realização de embarques com animais vivos gera um grande risco para o porto e para a economia tanto da cidade como do estado.

Naufrágios

Os navios que transportam gado vivo possuem chances duas vezes maiores de naufrágio do que os cargueiros convencionais. É que segundo o que foi debatido na audiência, a maioria dessas embarcações estão velhas e não foram produzidas com essa finalidade.

Pela denúncia, os “navios-sucata” passam anos carregando outros produtos e, muitas vezes de forma irregular, passam a realizar o transporte de animais vivos. “Se um navio desse naufraga no Porto de São Sebastião, interrompe a atividade portuária do Estado”, afirmou Cristina Conceição, diretora-executiva da Mercy for Animals, organização internacional de proteção animal e que também ajudou a organizar a audiência pública da semana passada.

Único berço

Apesar de possuir um único berço de atracação, o Porto de São Sebastião é o terceiro maior do país em exportação de animais vivos. Somente em agosto deste ano foram carregadas mais de 21 mil cabeças de gado, atividade que representa apenas 1,3% do total movimentado pelo porto do município.

Agosto

No mês passado, um grande carregamento vivo acabou mal depois que um caminhão que levava gado para o Porto de São Sebastião tombou na estrada matando pelo menos 10 animais. “A vida dos animais é uma penúria, desde o transporte até o porto. No navio, eles ficam presos em uma área do tamanho de uma porta, parado em meio a seus dejetos, se queimam nos dejetos, as temperaturas ficam altas”, afirmou Cristina Conceição.

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