Atemporal, prédio da Casa Esperança continua emblemático para a história de S.S

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Marcello Veríssimo

Atemporal. Entre os prédios mais representativos da região central de São Sebastião, talvez nenhum continue sendo sinônimo da passagem do tempo como o imóvel onde funciona a Casa Esperança, na Rua da Praia, que apesar de tão antigo segue sempre atual.

Com a terceira geração de proprietários da
família Fernandes/Vasques, a Casa Esperança é sinônimo de amor de família. Atualmente sob o comando do casal Nilza e Reinaldo, pais do artista plástico Reinaldo Fernandes, que é o próximo na “linha de sucessão” para gerir o negócio histórico da família.

A Casa Esperança sobrevive e se renova há séculos. A reportagem do JDL esteve na loja para conversar com a família. Não existem documentos que comprovem a data de construção do antigo casarão; somente se estima tenha sido em 1788. “Foi construído por escravos. Era do tempo em que os senhores moravam no piso superior [onde atualmente funciona o espaço cultural Adriana Vasques Fernandes], e embaixo faziam de depósito para guardar café, farinha, banana e outros produtos”, explica a matriarca da família, Nilza Vasques Fernandes, que é mulher do comerciante Reinaldo Fernandes, filho do também comerciante Izidro Fernandes, já falecido.

Dona Nilza falou ao JDL no lugar do esposo, o qual, segundo ela, é envergonhado. Disse que não se lembra da data da morte do sogro. “No início era um armazém que vendia de tudo: de prego a comida”, disse ela. “Lembro do cheiro do peixe seco e do fumo de rolo”, completa o filho, Reinaldo Vasques, conhecido por familiares de Reinaldinho.

As mudanças ficam claras, conforme se ouve o relato da família e se visualiza o cenário atual da Rua da Praia. De acordo com eles, até a altura de onde hoje funciona a vizinha Rochinha, “muita coisa mudou”, eles dizem, mas o prédio da Casa Esperança continua ali. “Ao lado já foi o açougue do Carmo Ricota”, conta Reinaldo Fernandes, o pai, em uma rápida intervenção na entrevista, antes de se afastar totalmente.

Negócios – Mas, apesar das muitas mudanças e da passagem do tempo, uma coisa não mudou: a arte da família em fazer negócio e sua habilidade para vendas que, ainda conforme Dona Nilza, vem desde a época do armazém, quando as mercadorias eram vendidas para Santos. “E nós também íamos buscar mercadorias lá [em Santos], como açúcar e arroz”, explica. “E a viagem era uma aventura, não tinha estrada, existiam pontes de madeira bem precárias, e nós passávamos pela praia, de caminhonete a diesel. Esperávamos a onda voltar para poder passar com o carro”, ela completa.

Máquina do tempo – Entrar na Casa Esperança é como entrar em uma espécie de máquina do tempo, sem distinção das épocas. “Os pescadores vinham da Ilhabela, paravam suas canoas bem aqui na frente da Rua da Praia, antes de ser aterrada, para fazer o rancho, vender peixes e comprar mercadorias para eles levarem. Eu era bem pequena, mas lembro que batiam o remo na canoa e faziam um repique para chamar a população. Como a cidade era pequena, esse som se ouvia ao longe, e vinham todos comprar, pois sabiam que o peixe chegou”, diz Dona Nilza. “Até que aterraram e eles começaram a parar na prainha em frente ao Tebar”.

A Casa Esperança funciona na Rua da Praia, ao lado do prédio da Secretaria de Turismo.

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