Marcello Veríssimo
As previsões se confirmaram. Com mais um fim de semana de sol, a fila para realizar a travessia de balsa entre São Sebastião e Ilhabela pareceu não ter fim.
O Governo de São Paulo afirmou que o serviço ainda opera de forma reduzida, e nesta sexta-feira (22) novamente foi afetado por causa da força da maré.
Os motoristas que pretendiam atravessar para Ilhabela enfrentaram uma espera de mais de 6 horas. A justificativa do Departamento Hidroviário, que opera a travessia de balsas, era a força dos ventos no Canal entre as duas cidades.
Para o motorista que saia de Ilhabela nesta sexta-feira (22) não houve filas. Já do lado contrário, de São Sebastião para Ilhabela, as filas chegaram ao bairro da Vila Amélia, na região central do município, cerca de 2 km distante do bolsão de embarque.
Via sacra
Os carros dos turistas complicam a vida dos motoristas e, principalmente, dos moradores da região que tem que sair de casa. O trânsito fica complicado para todos.
Apesar da travessia ser um serviço estadual, ou seja, de responsabilidade do Governo de São Paulo, o Detraf (Departamento de Tráfego) da Prefeitura de São Paulo realiza operação especial para organizar o trânsito no local.
De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, a balsa só pode operar com limite de ventos de 46 km/h, por motivos de segurança. No entanto, segundo a previsão do tempo, não houve registro de ventos que pudessem interferir no sistema de travessia, ao contrário do que alega o Governo do Estado de São Paulo. “A Semil informa que o tempo de espera em São Sebastião está maior em função de aumento expressivo de demanda e de manutenção corretiva pontual em uma embarcação de maior porte”.
O DH recomenda que a população evite a travessia nos horários de pico. “O motorista pode acompanhar as informações em tempo real sobre as condições das Travessias, com imagens das câmeras de monitoramento, pelo site ou pelo aplicativo Travessias do Departamento Hidroviário – SP, disponível gratuitamente para o sistema Android. Há ainda o telefone 0800 77 33 711 para fornecimento de informações”.