“Missa protesto” será realizada hoje (3) por igreja demolida misteriosamente em Ubatuba

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Marcello Veríssimo

Um mistério assola Ubatuba desde a semana passada. Afinal, o que motivou a demolição da Capela de São José, que ficava na praia do Félix e pertencia a paróquia do Perequê-Açu. A igrejinha, instalada na costa norte, foi demolida no último dia 21 de setembro.

De lá para cá, o que se viu foi uma série de fatores sendo revelados que mostram a sensação de impunidade causada pelo poder do anonimato. Diferentes veículos de imprensa divulgaram o caso nos últimos dias, e apesar dos pontos de vista diferentes, todos têm algo em comum na busca por respostas. Teria sido intolerância religiosa, vandalismo ou interesse do mercado imobiliário?

O caso foi registrado na Delegacia de Ubatuba, que investiga o até então suposto crime.

O padre Ronaldo Calixto dos Santos disse que ainda aguarda novas informações sobre o caso por parte da Polícia Civil. “A capela não foi construída da noite para o dia. Existia há dezenas de anos e ficou desativada quando as caiçaras deixarem a beira mar para viver nas encostas de Ubatuba”, disse o padre aos jornalistas. “Não sei se ocupava área particular ou pública, isso não importa. Não poderia ser demolida. A capela tinha uma importância histórica e sentimental para o povo caiçara”, afirmou o padre Ronaldo.

A SSP-SP(Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) informou que foi registrado boletim de ocorrência por danos contra o patrimônio. De acordo com a secretaria, a paróquia da Imaculada Conceição do Perequê-Açú tem prazo de seis meses para fazer representação.

Nesta terça-feira (3) será realizada uma missa protesto, no local onde existia a capela. A missa será celebrada pelo padre Ronaldo e deve reunir os fiéis da paróquia e caiçaras da região.

De acordo com a igreja, o objetivo agora é obter
com os moradores mais antigos, documentos que comprovem a existência da igreja, que era centenária.

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