Marcello Veríssimo
O DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa) deflagrou nesta quinta-feira (5) uma operação em Ubatuba com o objetivo de prender os suspeitos no assassinato de um motorista de aplicativo no mês de agosto.
William Germano estava trabalhando e foi encontrado morto com as mãos amarradas e sinais de espancamento na praia Vermelha do Norte.
De acordo com a polícia, essa foi a quarta prisão realizada desde o início das investigações que correm sob sigilo de justiça.
O DHPP assumiu as investigações no mês passado. De acordo com o DHPP, nesta quinta-feira foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão na cidade.
Germano era motorista de aplicativo e fez seu último contato com a família na noite do dia 16 de agosto quando retornava para a casa.
O corpo do motorista foi encontrado no dia seguinte na Praia Vermelha e seu carro estava 7km de distância no centro de Ubatuba, na Rua dos Nazarenos.
Uma das linhas de investigação mostra que no mês da sua morte Germano teria recebido ameaças após denunciar um suposto esquema de ‘rachadinhas’.
Presos
Dois suspeitos do crime foram detidos no dia 24 de agosto, logo depois do crime. De acordo com a polícia, o primeiro suspeito é Célio Pereira Santos Junior, 21, localizado durante uma operação da Polícia Civil.
Ainda no dia 24 de agosto, Diego Felipe da Silva Messias Moraes,40, foi preso em Guarulhos, na Grande São Paulo.
Um terceiro suspeito do crime, Thiago Alves Freitas,19, se apresentou espontaneamente no dia 29 de agosto na Delegacia de Ubatuba.
A polícia ainda investiga o caso. Thiago apresentou uma versão pouco convivente. Ele disse que foi o autor do disparo que matou o motorista. Além disso, o jovem de 19 anos confessou que matou, amarrou, amordaçou, vendou e descartou o corpo da vítima sem a ajuda de ninguém.
De acordo com a polícia, o rapaz disse que decidiu se entregar para esclarecer que Célio Pereira, seu amigo, não participou do crime.
Motivos
Thiago não disse o motivo que o levou a matar Germano. Para a polícia, ele disse que matou o motorista por “questões de foro íntimo”. O disposto assassino negou que o homicídio tenha relação com as denúncias sobre o esquema das rachadinhas.
A defesa dos presos ainda não falou com a imprensa.