Denominado Seminário do Bem Estar Animal e o Embarque de Cargas Vivas no Porto de São Sebastião realizado pela Câmara Municipal, na última sexta-feira (27), o evento atraiu um público de cerca de 100 pessoas. O Seminário foi coordenado pelo MCEAV – Movimento Contra a Exportação de Animais Vivos e contou com especialistas do setor, que detalharam os maus tratos sofridos pelos bois no trajeto desde o transporte das fazendas no interior paulista até o embarque no porto sebastianense.
Os vereadores Marcos Fuly, Teimoso e Pierobon (que trabalham no setor portuário), Wagner Teixeira, Daniel Simões e Pedro Renato, participaram do evento. “O evento superou todas as expectativas e foi bastante esclarecedor, ficando claro o quanto sofrem os animai nesse tipo de operação. Aqueles que são a favor dessa atividade, democraticamente, também terão oportunidade de se manifestar no Legislativo”, disse o presidente da Câmara, Marcos Fuly.
O seminário contou com as palestras de Vania Nunes (médica-veterinária, pós graduada em Bem-estar Animal e Saúde Pública; Feliciano Filho (economista e ex-deputado estadual; Letícia Filpi (advogada especialista em Direitos dos Animais); João Henrique Cerqueira (engenheiro ambiental e especialista em Políticas Públicas); e Leila Abreu (pós graduada em Bem-estar Animal). O evento foi mediado por Cristina Mendonça. Diretora Executiva da ONG Mercy For Animals no Brasil.
Após abrir espaço para a manifestação do setor portuário, a Câmara de São Sebastião pretende convocar uma Audiência Púbica para a população se manifestar se concorda ou não com esse tipo de operação no porto. Segundo o presidente Marcos Fuly, dependendo do resultado dessa audiência, ele pretende propor um Projeto de Lei impedindo o embarque de animais vivos em nossa cidade.
No seminário, foram revelados vídeos do sofrimento imposto aos bois; o transporte inadequado dos animais (nos caminhões e nos navios); e os riscos de naufrágio dos navios com esse tipo de carga. Um dado importante apresentado foi o de que esse tipo de operação representa apenas cerca de 7% do movimento de cargas no porto.