Marcello Veríssimo

Todo o verão é época de um cabo de guerra conhecido mas praias do Litoral Norte. A presença dos cachorros de estimação que acompanham seus tutores nos momentos de descanso à beira mar.

De um lado, os tutores dos animais que consideram os pets como parte da família e que eles também possuem o direito de desfrutar de um dia na praia. Do outro, as administrações municipais que nesta época do ano aumentam as operações de fiscalização para coibir a presença dos animais pelas areias.

Durante o fim de semana, a secretaria de Urbanismo de Caraguatatuba realizou uma ação de fiscalização para coibir irregularidades nas praias da cidade.

Uma dessas ações, segundo a prefeitura, foi o combate à presença de cães nas praias. Doze pessoas receberam orientação sobre a lei que proíbe levar animais para a areia. Foram atendidas 23 denúncias durante o fim de semana.

Embora a ação seja para garantir a segurança dos banhistas, donos de cachorro que foram consultados pela reportagem do JDL divergem sobre o tema. “Eu não posso levar o meu cachorro para a praia, com responsabilidade, para ele me acompanhar. Agora e os cachorros errantes gostaria de saber de fato como é que eles são impedidos de entrar na praia”, disse um morador da cidade que pediu para não ser identificado.

De acordo com os especialistas, algumas cidades do Litoral Paulista já permitem a presença dos pets nas praias, de forma responsável.

Em Santos, por exemplo, a primeira cidade do estado a permitir que os tutores levem seus cães até em frente ao mar para molhar as patas. Mas em Caraguatatuba não é assim.

De acordo com a Lei Municipal 1.298 de 2006, é vedada a presença de animais nas praias da cidade sob multa que pode variar de R$ 442 a R$ 4,4 mil.

Os cachorros na areia estão associados a fezes dos cães na praia, que podem transmitir doenças, como bicho geográfico, entre outros transtornos.