Marcello Veríssimo
Nem SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) ou a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) comentaram o “salve”, um tipo de ordem dada pela alta cúpula do PCC (Primeiro Comando da Capital) para que todos os integrantes espalhados pelo país levantem qualquer tipo de informação sobre servidores dos sistemas penitenciários estaduais.
De acordo com o comunicado do crime, os soldados da facção teriam recebido a ordem dos chefes da organização criminosa para promover ataques contra os servidores das forças de segurança pública nos próximos dias 28 de novembro e 3 de dezembro.
O alerta circula entre presos em diferentes partes do país, principalmente, no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, e em presídios de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
A Secretaria Nacional de Políticas Penais informou que os policiais penais federais deveriam permanecer em alerta máximo.
Vasamentos
De acordo com a polícia, a descoberta sobre esses possíveis ataques começou quando uma criminosa que cumpre pena em um presídio feminino, mas que já saia para a rua em regime de trabalho externo, foi interceptada repassando informações de servidores para a bandidagem que está nas ruas.
A polícia investiga o caso há aproximadamente seis meses. A leva e trás do crime voltou para a tranca e perdeu o direito de trabalho externo.
Além da bandida, um advogado teria sido identificado também agindo como “leva e traz” dos bandidos.
A reportagem do JDL tentou obter informações sobre o “salve” do PCC no CDP de Caraguatatuba, mas não obteve resposta.