Marcello Veríssimo
Motoristas e cobradores da Expresso Fênix, empresa responsável pelo transporte coletivo em Caraguatatuba começaram o dia com os braços cruzados como forma de protesto pela falta de pagamento do vale dos funcionários.
A paralisação começou nesta quarta-feira (21) como forma de alerta para a empresa e a Prefeitura de Caraguatatuba. “O fim de ano está chegando e os trabalhadores precisam ter dinheiro”, disse o presidente do STTRUCAD (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários Urbanos, Cargas e Anexos) do Litoral Norte, Francisco Israel.
Nesta quinta-feira (23), os trabalhadores deram continuidade ao movimento já que o dinheiro não foi pago conforme combinado.
De acordo com o sindicato, a prefeitura realizou o repasse para a empresa que, por sua vez, ainda não pagou os funcionários.
A reportagem do JDL recebeu desde cedo relatos de que a população esperava desde às 5h pelos coletivos para poder se locomover. A Polícia Militar esteve na garagem da empresa no bairro Sumaré, região norte do município.
A Prefeitura de Caraguatatuba informou que notificou a empresa Expresso Fênix para que retome o serviço imediatamente de forma integral. De acordo com a nota, o secretário de Mobilidade Urbana e Proteção ao Cidadão, Marcel Giorgeti, junto ao setor de Transportes da Prefeitura, está acompanhando o movimento e tomando as medidas para que os serviços sejam restabelecidos o mais rapidamente possível.
Uma moradora da cidade, que utiliza o transporte coletivo, disse que é um absurdo em uma cidade rica como Caraguatatuba acontecer esse tipo de situação, principalmente com os moradores mais pobres que dependem do ônibus. “Entendo os motoristas, mas e nós como ficamos? Consigo fazer a maior parte das coisas a pé, de Uber, de bicicleta, mas e quem não tem outras alternativas”, disse ela, que não quis ser identificada.
A Expresso Fênix ainda não emitiu um posicionamento oficial sobre a paralisação dos motoristas nesta quinta-feira.