Durante a sessão ordinária realizada nesta sexta-feira (1), os parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo repercutiram casos de violência policial que se encontram em julgamento, juntamente com questionamentos a respeito das decisões tomadas pelo Poder Executivo ao longo do ano. Os trabalhos contaram com a presença do presidente da Alesp, André do Prado.
O deputado Eduardo Suplicy (PT), por exemplo, fez questão de lembrar que, exatamente no dia de hoje, o episódio conhecido como “massacre de Paraisópolis” completou quatro anos. Ocorrido num baile funk no bairro da Zona Sul de São Paulo, o crime resultou na morte de nove pessoas. Segundo o Ministério Público Estadual, elas foram encurraladas e asfixiadas por policiais militares em um beco sem saída.
“Mesmo depois de todo esse tempo, nenhuma decisão foi tomada pela Justiça a respeito dos treze policiais causadores da morte daqueles jovens num baile funk. Nenhuma das vítimas sequer morava no bairro, e foram covardemente asfixiados. O que podemos fazer é protestar e esperar pela decisão correta”, apontou Suplicy.
99 vetos
Já o colega de partido, Reis (PT), levou à tribuna um levantamento dos projetos de lei aprovados na Alesp e vetados pelo governador Tarcísio de Freitas em seu primeiro ano de mandato. De acordo com o parlamentar, 133 propostas foram aprovadas, sendo 99 vetadas.
“Em grande maioria, os vetos foram justificados por falta de constitucionalidade ou de interesse público. Já em outros, o governador alegou que já existiam leis semelhantes, o que simplesmente não faz o menor sentido, afinal, nós [deputados] temos em mãos um sistema de pesquisa que não permite isso”, afirmou Reis. “Analisando esse contexto, pode-se perceber que o Governo atual, sem maiores explicações, veta porque quer”, criticou o parlamentar.