Marcello Veríssimo
A violência chegou à igreja em Caraguatatuba. O Santuário Santo Antônio decidiu pela suspensão das missas celebradas às 7h15 na Igreja Matriz, que fica na Praça Cândido Motta, região central do município.
O motivo é a falta que segurança que assola o centro da cidade e os arredores da praça, uma das principais da região.
Na semana passada, no último dia 5, um homem entrou na igreja e assustou os fiéis ao agredir um senhor com um soco no peito.
Após o acontecimento, o pároco padre Julián Quintero Celis e o vigário paroquial Padre Mauro José Ramos, decidiram suspender as missas celebradas de terça até sábado, às 7h15 da manhã, no santuário Santo Antônio.
A decisão é provisória até que sejam adotadas medidas para garantir a segurança de todos. A paróquia divulgou um comunicado informando sobre a medida.
A Praça Cândido Motta é a principal do centro. Por lá, passam centenas de pessoas todos os dias. O local concentra agências bancárias, unidades de grandes lojas varejistas, farmácias, escritórios, entre outros estabelecimentos, além de prédios públicos como a Fundacc (Fundação Educacional e Cultural de Caraguatatuba).
Com a repercussão do caso, a falta de segurança nas proximidades da praça voltou ao centro do debate sobre a criminalidade em Caraguatatuba.
De acordo com a igreja, há aproximadamente um mês outro homem invadiu o local e acabou danificando uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. Foi registrado boletim de ocorrência.
Moradores de Rua – Especulações que circulam na internet dando conta também que moradores em situação de rua, que vivem na praça, teriam depredado os banheiros, além de usá-los para tomar banho, o que levou a interdição dos banheiros no horário das missas. “A praça está abandonada, às escuras, sem vida e sem atrativos. A fonte luminosa, durante muitos anos um dos principais atrativos da praça, já não funciona mais. A prefeitura precisa revitalizar a praça, um espaço do povo que deve ser agradável e seguro para todos”, disse a professora Lourdes Lippi.
Outra internauta, Semira Voz, pergunta sobre quais providências que as autoridades vão tomar. “Cadê as autoridades, cadê os vereadores, cadê o prefeito, cadê a guarda municipal?”, disse ela.