Moradores do Jaraguá voltam a cobrar indenização por casas demolidas na costa norte de São Sebastião

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Marcello Veríssimo

Moradores do bairro Jaraguá, na costa norte de São Sebastião, realizaram neste sábado (20) um ato pacífico em protesto pelo pedido de indenização de suas casas que foram demolidas. A concentração foi realizada em um dos principais cruzamentos da avenida Guarda Mor Lobo Viana, na região central do município, em frente ao banco Santander.

De acordo com os moradores, o assunto já é antigo e recorrente. Eles dizem que são aproximadamente 165 famílias que residem no Conjunto Habitacional, construído pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) do estado, conhecido como Conjunto F.

As reclamações repercutem nas redes sociais e, mesmo antes, a precariedade dos imóveis já era perceptível. “Queremos justiça. As casas foram retiradas em 2018 pela prefeitura e pelo governo estadual. O prefeito Felipe Augusto disse na época que esse povo ia ter casa digna e não ia pagar 1 centavo”, disse Tiago Santos, líder comunitário, que falou à reportagem do JDL, durante o ato.

“A prefeitura passou o trator, derrubou as casas e agora o povo quer a indenização pelas casas que foram derrubadas”, completou Santos, que disse ainda que na próxima terça-feira (23) novamente voltarão à sessão da Câmara para novo ato.

Neste sábado (20), portando faixas, cartazes e equipamentos de som, os moradores permaneceram nos semáforos para mostrar sua indignação. Eles dizem que a justificativa dada para a demolição dos imóveis não condiz com a realidade, pois os problemas de infraestrutura continuam com o conjunto habitacional da CDHU.

De acordo com o líder comunitário, a CDHU entregou o residencial e foi embora sem prestar a manutenção do local, que entre outros problemas, sofre com constantes alagamentos por causa das chuvas. “As ruas viram um piscinão, falta manutenção no parquinho, na academia ao ar livre e no campo de futebol. São aproximadamente 900 moradores com esse problema”, afirmou.

A obra do conjunto F consumiu R$ 36 milhões sendo entregue em 2018.

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