Solenidade na Alesp destaca participação dos destemidos combatentes na Revolução de 1932

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Em meio às celebrações do 92º aniversário do Movimento Constitucionalista de 1932, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo promoveu, como de costume, uma Sessão Solene para homenagear os heróis combatentes e os ideais da revolução. A cerimônia, organizada pelo deputado Capitão Telhada (PP), foi realizada no Plenário Juscelino Kubitschek.

O evento destacou o patriotismo dos que lutaram na guerra e realçou a imagem do paulista como um povo destemido e apegado aos valores democráticos. Vale lembrar que o Exército Constitucionalista reivindicava, principalmente, uma nova Constituição para o Brasil, já que o presidente Getúlio Vargas havia revogado a Carta Política vigente.

“Os voluntários de 32 sabiam que seria difícil vencer 100 mil homens das forças federais. Mesmo assim foram para a guerra, lutaram e entregaram seu bem mais precioso: a vida. Que sirva de exemplo para a gente continuar lutando, não importa as adversidades”, ressaltou o deputado Capitão Telhada.

O vice-governador de São Paulo, Felicio Ramuth, afirmou que o levante armado baseou-se em pilares que, ainda hoje, unem a população paulista. “Quando falamos do Movimento Constitucionalista de 32 falamos de democracia e liberdade”, disse. Ramuth ainda complementou que o crescimento do estado de São Paulo depende da união e participação de todos.

Para o deputado federal Coronel Telhada (PP-SP), os ideais constitucionalistas de 1932 permanecem vivos apesar da derrota bélica dos paulistas: “Importante entender: o povo de São Paulo não se rende. Perdemos em armas a revolução, mas ganhamos em intenção porque em 1934 foi feita uma nova constituição atendendo à solicitação de São Paulo”.

Medalha da Constituição

A solenidade da Alesp condecorou 57 pessoas com a Medalha da Constituição. Entre os homenageados figuraram o vice-governador Felicio Ramuth e o ex-combatente da Marinha do Brasil, Melquisedeque Afonso de Carvalho.

Em nome dos agraciados, a major PM Tatiana Cristina Silva Rocha exaltou a coragem que moveu “os idealistas em 1932 na defesa dos direitos maiores dos cidadãos”. Para a homenageada, a decisão de “agir e escolher com o coração” [significado de coragem em latim] é característica de cada um dos agraciados com a Medalha da Constituição.

Conforme a Resolução 330/1962, instituída pelos deputados paulistas três décadas após o fim do conflito, a Medalha é dedicada a quem atuou na linha de frente ou na retaguarda da Revolução, bem como a entidades que colaboraram na divulgação e incentivo dos ideais constitucionalistas de 1932.

A solenidade na Alesp ainda teve encenações teatrais de acontecimentos decisivos para a eclosão do Movimento, a exemplo da morte do quarteto Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo (MMDC).

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