Governo de SP acompanha ações de recuperação ambiental na Vila Sahy, em São Sebastião

2fc27954-fcf2-435e-9253-47c45aed1812

A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil), Natália Resende, e a diretora do Departamento de Prevenção e Proteção da Defesa Civil, coronel Cláudia Bemi, visitaram nesta sexta-feira (8) as ações de recuperação ambiental na Vila Sahy, bairro mais afetado de São Sebastião pelos deslizamentos de 2023. A visita faz parte do acompanhamento do processo de restauração ecológica e proteção da área, com foco na recuperação das cicatrizes das encostas e da Mata Atlântica devastada.

Além das obras de infraestrutura realizadas pela prefeitura com o apoio técnico da CDHU, a Fundação Florestal fez a hidrossemeadura das encostas que desabaram. Atualmente, a cobertura vegetal tem ajudado a garantir maior estabilidade das encostas e evitado o carreamento de lama para a comunidade.

Nas demais áreas da Serra do Mar, foram realizadas ações de restauração em projeto desenvolvido de forma conjunta entre o Governo de São Paulo, a Fundação Florestal, a Cetesb, o Instituto Conservação Costeira (ICC), a concessionária Tamoios e a empresa de gestão ambiental Ambipar. Esse trabalho pretende trazer estabilidade aos terrenos e o desenvolvimento da vegetação nativa perdida com as chuvas. Desde o ano passado, mais de 200 hectares estão sendo restaurados por meio de tecnologias inovadoras, com o uso de drones agrícolas que realizam a dispersão aérea de sementes nativas em biocápsulas biodegradáveis.

“Este projeto não só visa recuperar as áreas degradadas, mas também envolver a comunidade local, gerando um impacto positivo tanto no meio ambiente quanto na sociedade”, afirma a secretária Natália Resende. “Estamos utilizando soluções inovadoras e sustentáveis para garantir que a população da Vila Sahy esteja mais segura e com a natureza em processo de recuperação”, completa.

Drones que lançam biocápsulas

O destaque da visita foi a tecnologia de ponta usada na dispersão aérea, que utiliza drones para lançar biocápsulas com sementes de espécies nativas da Mata Atlântica. Essa abordagem otimiza a germinação e alcança áreas de difícil acesso, como as encostas íngremes.

Desde o início do projeto, em janeiro de 2024, foram aproximadamente 350 kg de sementes dispersadas nas regiões atingidas pelos deslizamentos, o que equivale a quase 1 milhão de sementes. As espécies pioneiras, como guapuruvu, embaúba e crindiúva, foram priorizadas, pois são adaptadas ao ecossistema local e contribuem para a rápida regeneração da vegetação. A expectativa é que, até 2026, 70% da área afetada pelos deslizamentos esteja recoberta por vegetação nativa.

Rodrigo Levkovicz, diretor-executivo da Fundação Florestal, destacou a importância da colaboração entre as diferentes entidades: “A atuação conjunta tem sido fundamental para que este processo de recuperação seja bem-sucedido. A dispersão aérea de sementes é uma solução eficiente para recuperar grandes áreas de forma sustentável e de baixo impacto”, explicou.

Além da recuperação ecológica, o projeto inclui ações de educação ambiental nas escolas da costa sul de São Sebastião e na comunidade local. As atividades visam conscientizar sobre os riscos de desastres naturais e as melhores práticas para prevenir acidentes.

“A recuperação não é apenas ambiental, mas também social. Estamos promovendo a conscientização e capacitação da população para lidar com os riscos, e isso fortalece ainda mais a resiliência da comunidade”, diz a coronel Cláudia Bemi, da Defesa Civil.

Parcerias estratégicas

O projeto de restauração conta com o patrocínio da concessionária Tamoios e de uma rede de patrocinadores privados, além do apoio de órgãos como o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e a Prefeitura de São Sebastião.

O investimento da Fundação Florestal no processo de recuperação e estabilização do solo na região do Sahy foi de R$ 908 mil, com a implantação de biomantas e hidrossemeadura.

O coordenador de meio ambiente da Concessionária Tamoios, Gabriel Siqueira, explica que a empresa investiu quase R$ 3,5 milhões. “É um projeto inovador que utiliza tecnologia de ponta, como drones e inteligência artificial, com participação de instituições pública, privada e ONG, com padrão internacional, alinhado com os nossos valores. A Tamoios está contente em financiar o projeto desenvolvido pelo Instituto de Conservação Costeira (ICC) e que tem gerado impacto positivo para a comunidade da Vila do Sahy e para o meio ambiente.”

O projeto de restauração conta com o patrocínio da concessionária Tamoios e de uma rede de patrocinadores privados, além do apoio de órgãos como o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e a Prefeitura de São Sebastião.

O investimento da Fundação Florestal no processo de recuperação e estabilização do solo na região do Sahy foi de R$ 908 mil, com a implantação de biomantas e hidrossemeadura.

O coordenador de meio ambiente da Concessionária Tamoios, Gabriel Siqueira, explica que a empresa investiu quase R$ 3,5 milhões. “É um projeto inovador que utiliza tecnologia de ponta, como drones e inteligência artificial, com participação de instituições pública, privada e ONG, com padrão internacional, alinhado com os nossos valores. A Tamoios está contente em financiar o projeto desenvolvido pelo Instituto de Conservação Costeira (ICC) e que tem gerado impacto positivo para a comunidade da Vila do Sahy e para o meio ambiente.”

Projetos complementares e futuras iniciativas

O Governo de São Paulo também tem incentivado a adoção de práticas sustentáveis na região, como a Terra Indígena Guarani do Ribeirão Silveira, com o programa Guardiões das Florestas, que incentiva a preservação ambiental e o fortalecimento da cultura indígena. O programa, que envolve o pagamento por serviços ambientais (PSA), capacita agentes ambientais indígenas para atuar na restauração florestal e monitoramento da biodiversidade.

“Ao fortalecer as comunidades indígenas, estamos criando um modelo de preservação que é tanto ambiental quanto cultural. Esse é um passo importante para garantir um futuro mais sustentável e justo para todos.”, explicou Rodrigo Levkovicz.

Instituto de Pesquisas Ambientais

O Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) também realiza papel fundamental nas ações de resposta e recuperação após os deslizamentos que afetaram São Sebastião em 2023. O IPA colabora com a Defesa Civil no processo de análise de risco e recuperação das áreas impactadas, além de fornecer suporte técnico na identificação de áreas de risco e proposição de soluções técnicas que visem à estabilização do solo.

O IPA tem registrado as informações sobre as áreas de riscos geológicos na Plataforma de Gestão de Riscos de Desastres Naturais e as informações relacionadas as condições das marés e ressacas no Sistema de Aviso de Ressacas e Inundações Costeiras de São Paulo (Saric), ferramentas capazes de fornecer subsídios para a antecipação de alertas.

Projetos complementares e futuras iniciativas

O Governo de São Paulo também tem incentivado a adoção de práticas sustentáveis na região, como a Terra Indígena Guarani do Ribeirão Silveira, com o programa Guardiões das Florestas, que incentiva a preservação ambiental e o fortalecimento da cultura indígena. O programa, que envolve o pagamento por serviços ambientais (PSA), capacita agentes ambientais indígenas para atuar na restauração florestal e monitoramento da biodiversidade.

“Ao fortalecer as comunidades indígenas, estamos criando um modelo de preservação que é tanto ambiental quanto cultural. Esse é um passo importante para garantir um futuro mais sustentável e justo para todos.”, explicou Rodrigo Levkovicz.

Instituto de Pesquisas Ambientais

O Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) também realiza papel fundamental nas ações de resposta e recuperação após os deslizamentos que afetaram São Sebastião em 2023. O IPA colabora com a Defesa Civil no processo de análise de risco e recuperação das áreas impactadas, além de fornecer suporte técnico na identificação de áreas de risco e proposição de soluções técnicas que visem à estabilização do solo.

O IPA tem registrado as informações sobre as áreas de riscos geológicos na Plataforma de Gestão de Riscos de Desastres Naturais e as informações relacionadas as condições das marés e ressacas no Sistema de Aviso de Ressacas e Inundações Costeiras de São Paulo (Saric), ferramentas capazes de fornecer subsídios para a antecipação de alertas.

Participação da população

Além das ações de recuperação ambiental, a visita também destacou o Plano Estadual de Adaptação e Resiliência Climática (Pearc), disponibilizado recentemente para consulta pública pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, que tem como objetivo orientar e organizar as medidas de adaptação às mudanças climáticas no estado. O Pearc busca promover a justiça climática e fortalecer a resiliência de territórios e infraestruturas vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas.

Como parte desse processo, uma visita foi realizada nesta sexta-feira (8) na Terra Indígena Rio Silveiras, localizada entre os municípios de Bertioga e São Sebastião, no litoral paulista. A visita reuniu membros da comunidade indígena para ouvir suas experiências sobre os recentes eventos climáticos extremos e para levantar estratégias de adaptação. Esses encontros fazem parte de uma série de ações previstas para garantir que as populações mais expostas aos impactos climáticos possam contribuir com suas percepções e sugestões, enriquecendo o processo de elaboração do plano.

“Essa é uma oportunidade para ouvir as comunidades e criar soluções de adaptação climática que realmente atendam às necessidades. A participação ativa das lideranças locais, especialmente dos povos indígenas, é fundamental para um futuro mais resiliente e sustentável para todos”, completa Natália Resende.

Compartilhe nas Redes Sociais

Outras Notícias