Pesquisa do IBGE aponta queda no índice de pobreza no Vale do Paraíba e Litoral Norte

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A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstrou uma redução no índice de pobreza da Região Metropolitana do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira/RM Vale em 2023 para 13,1% (pessoas com rendimento domiciliar per capita abaixo de US$ 6,85 por dia).

O levantamento do IBGE sobre a concentração de renda da população (baseado no Índice Gini) do Banco Mundial começou a ser feito em 2012. Naquele ano, na Região do Vale do Paraíba e Litoral Norte, a pesquisa apontou que 23,8% da população vivia com renda domiciliar per capita abaixo da linha da pobreza (US$ 2,15 PPC – Poder de Paridade de Compra).

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua também verifica os índices relacionados ao nível de ocupação das pessoas de 14 anos de idade ou mais; taxa de desocupação das pessoas de 14 anos de idade ou mais; proporção de pessoas vivendo em domicílios com esgotamento por rede coletora ou pluvial; proporção de pessoas vivendo em domicílios com máquina de lavar roupa; e proporção de pessoas vivendo em domicílios com acesso à Internet, além da proporção de pessoas com rendimento domiciliar per capita abaixo de US$ 6,85 (PPC 2017).

Em 2012, 34,7% da população brasileira possuía rendimento domiciliar per capita abaixo da linha de extrema pobreza (US$ 2,15 PPC por dia ou R$ 209 por mês). O percentual da população do país com rendimento domiciliar per capita abaixo da linha de pobreza adotada pelo Banco Mundial (US$ 6,85 PPC por dia ou R$ 665 por mês) caiu para 27,4%.

Nessa análise, o IBGE considera as linhas do Banco Mundial segundo o Poder de Paridade de Compra (PPC), que monitoram o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 1 (ODS nº 1: Erradicação da Pobreza).

Índice de Gini

O Índice de Gini, criado pelo matemático italiano Conrado Gini, é um instrumento para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo. Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de zero a um (alguns apresentam de zero a cem). O valor zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda. O valor um (ou cem) está no extremo oposto, isto é, uma só pessoa detém toda a riqueza.  Na prática, o Índice de Gini costuma comparar os 20% mais pobres com os 20% mais ricos.

No Relatório de Desenvolvimento Humano 2022, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Brasil aparece com Índice de  Desenvolvimento Humano de 0,760 na posição de  número 89 entre os 193 países reconhecidos pela ONU.

 

Tabela 6.1 – Total de pessoas e indicadores selecionados, segundo estratos geográficos – Brasil – 2023
Indicadores selecionados
Código/

Nome

“Total

(1 000 pessoas)”

 

 

 

 

 

Nível de ocupação das pessoas de 14 anos de idade ou mais (%) Taxa de desocupação das pessoas de 14 anos de idade ou mais (%) Proporção de pessoas com rendimento domiciliar per capita abaixo de US$ 6,85 PPC 2017 (%) (2) (3) Proporção de pessoas vivendo em domicílios com esgotamento por rede coletora ou pluvial (%) Proporção de pessoas vivendo em domicílios com máquina de lavar roupa (%) Proporção de pessoas vivendo em domicílios com acesso à Internet (%)
 

Brasil

215 602 57,6 7,8 27,4 67,9 70,8 92,9
3555/

Vale do Rio Paraíba e Litoral Norte de São Paulo

3 374 63,6 6,7 13,1 89,0 88,4 96,3
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, 2012, acumulado de primeiras visitas;

IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, 2º trimestre, 2012.

Notas:  (1) Essa tabela contém estatísticas classificadas como experimentais e devem ser usadas com cautela, pois são estatísticas novas que ainda estão em fase de teste e sob avaliação. Elas são desenvolvidas e publicadas visando envolver os usuários e partes interessadas para avaliação de sua relevância e qualidade.

(2) Exclusive as pessoas cuja condição no arranjo domiciliar era pensionista, empregado doméstico ou parente do empregado doméstico.

(4) Referente a dados coletados no 2º trimestre.

Foto: Fernando Frazão/ABr

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