Seis pessoas foram presas em uma operação contra os crimes de estelionato e lavagem de dinheiro na região do Vale do Paraíba, na manhã desta quinta-feira (20).
Além das prisões, a polícia apreendeu carros de luxo e uma moto esportiva (foto) ligados ao grupo criminoso alvo da ação.
Segundo a Polícia Civil, o objetivo da operação foi cumprir seis mandados de prisão preventiva. Cerca de 70 policiais participaram da operação, que aconteceu em São José dos Campos, Caçapava, Caraguatatuba e Jacareí. Fora da região, houve também buscas em São Paulo e Santos.
A investigação, que já dura seis meses, descobriu que os criminosos montaram empresas para emitir notas fiscais falsas e oferecer serviços que não são entregues.
A polícia começou a investigar a quadrilha após a denúncia de um shopping de Caraguatatuba.
“O shopping está fazendo um hotel com obra estimada em R$ 30 milhões e descobriu uma nota fiscal falsa de uma empresa. Essa empresa é de um contador, que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) nos relatou que tem ligação com outros integrantes”, explica o delegado Rodolfo Augusto.
Entre os presos está o contador, que foi encontrado em São Paulo com cerca de R$ 40 mil em espécie, e dois irmãos, sendo que um deles tinha vínculo profissional com o shopping que fez a denúncia que deu início à investigação.
Uma das empresas investigadas e alvo de buscas durante a operação é uma loja de motos que fica na avenida Doutor Nélson d’Ávila. No local, os policiais apreenderam 17 motos. Um dos sócios da loja foi preso.
Outra empresa aberta pelo grupo foi uma startup financeira, que não tem escritório físico e autorização do Banco Central para operar.
“A loja de motos e essa falsa fintech que o Banco Central nos informou que não tem autorização para funcionar foram criadas no mesmo mês: agosto de 2023. O COAF também me informou que essa fintech enviou dinheiro para duas corretoras de criptomoedas”, completa o delegado.
Procurada pela reportagem, o shopping Serramar disse que coopera com as investigações na qualidade de vítima.
Com G1