Investimento de R$ 32 milhões está em risco após constatação de falhas e lentidão nos serviços; moradores relatam frustração com a situação
Henrique Martins
Na sessão de terça-feira (8) da Câmara Municipal de São Sebastião, o vereador Tião da Solange protocolou um requerimento solicitando informações do Executivo sobre a possibilidade de rescisão do contrato da empresa responsável pelas obras de infraestrutura no bairro de Maresias. O projeto, orçado em mais de R$ 32 milhões, previa a pavimentação, drenagem e iluminação de diversas ruas da região, como a Alameda das Carpas, Rua Cesp e Rua Alfredo do Vale.
Segundo o documento, a empresa responsável não chegou a concluir nem 60% do contrato. Além da lentidão, moradores já têm relatado defeitos na nova pavimentação, assim como a ausência de calçadas e iluminação pública, itens previstos no contrato original.
O parlamentar Tião da Solange, destaca que a situação tem causado preocupação nos moradores, e questiona ao prefeito Reinaldinho se há a possibilidade de rescisão contratual com a empresa, considerando o não cumprimento das obrigações assumidas. O vereador também solicita esclarecimentos sobre as implicações legais e financeiras de uma eventual quebra de contrato, além de medidas concretas para assegurar a conclusão das obras.
“A gente passa ali em Toque-Toque Grande, Toque-Toque Pequeno, agora em Boracéia também, e vê um calçamento de qualidade, uma obra bonita, que dá gosto de ver e de andar. Em Maresias, é diferente. Se a rua tá boa, a calçada tá ruim. E, às vezes, os dois estão ruins. Então, o que eu venho pedir aqui para o nosso prefeito? Que pense na possibilidade de rescindir esse contrato. Agora é um momento propício para isso. Se a gente for olhar, a empresa de esgoto já começou a cavar as ruas para fazer o saneamento básico lá. E acho que não dá para calçar enquanto estão cavando, né? Então seria interessante romper esse contrato agora. (…) Enquanto o saneamento básico vai sendo feito, pode-se abrir uma nova licitação para refazer esse trabalho, ou melhor, para corrigir esse desserviço que a empresa Forte Norte trouxe pra Maresias”, cobrou o vereador na sessão do dia 8 de abril.
A Câmara aguarda agora a resposta oficial da Prefeitura para entender os próximos passos em relação ao projeto. Enquanto isso, moradores seguem convivendo com ruas parcialmente interditadas no bairro, falta de iluminação adequada e estruturas incompletas, em um cenário que contrasta com o alto investimento público anunciado para a região.
