Após ficar mais de seis meses foragido da Justiça, Thiago Alack de Souza Ramos, mais conhecido como Thiago Bally, foi preso pela Polícia Civil nesta sexta-feira (16), em São Sebastião.
Thiago Bally estava com prisão preventiva decretada desde o dia 30 de outubro do ano passado. Ele é suspeito de ter envolvimento em um homicídio que aconteceu em abril de 2024 na cidade – leia mais abaixo.
A confirmação da prisão foi feita pelo delegado Valdir da Silva Santos Junior, responsável pelo 2º Distrito Policial de São Sebastião. O político foi preso em Juquehy, na costa sul da cidade, no início da tarde desta sexta-feira.
De acordo com o boletim de ocorrência, a prisão ocorreu durante diligências realizadas na região de Juquehy para tentar encontrar o réu foragido. Durante a ação, foi feita a localização de Bally, que foi abordado e preso pela Polícia Civil, cumprindo a decisão judicial.
Bally foi conduzido para o 2º Distrito Policial da cidade e deve ser transferido para cadeia pública de Caraguatatuba ainda nesta sexta-feira (16). Ainda não foi informado quando será realizada a audiência de custódia dele.
O crime pelo qual Thiago Bally é investigado aconteceu na tarde do dia 6 de abril de 2024, em uma chácara localizada na Rodovia Doutor Manoel Hipólito do Rêgo, na altura do bairro Juquehy.
Em outubro de 2024, quando foi decretada a prisão do político, a juíza Gláucia Fernandes Paiva apontou que ele “compareceu no local dos fatos minutos antes do crime, tendo sido demonstrado desentendimentos pretéritos com a vítima”.
Nas eleições de 2024, Thiago Bally (PSDB) foi o sétimo vereador mais votado de São Sebastião, com 1.173 votos. Como estava foragido da Justiça e não tomou posse, a Câmara extinguiu o mandato de Bally e Professor Cardim (PSDB) assumiu a cadeira que estava vaga.
O crime
A vítima do assassinato ocorrido em abril do ano passado é Victor Alexandre de Lima, de 22 anos. Segundo o relatório final de investigação da Polícia Civil, no dia do crime, Victor recebeu uma ligação e foi até o local denominado ‘Sítio Velho’.
No local, segundo o relatório, a vítima encontrou com Maiquel Douglas Pires Ferreira e negociava uma venda, quando foi atingido por dois disparos. Em depoimento para a polícia, Maiquel confessou que atirou contra Victor, mas alegou que agiu em legítima defesa. Maiquel teve a prisão convertida em preventiva pela Justiça, durante o andamento das investigações.
No depoimento para a polícia, Thiago Bally disse que esteve no local do crime minutos antes, mas alegou que parou para ajudar um carro que estava com problemas mecânicos. Ele afirma que chamou ajuda para o rapaz do carro e foi embora, negando ter envolvimento no assassinato.
No entanto, de acordo com a denúncia do Ministério Público de São Paulo, Thiago mandou Maiquel matar Victor, pois havia recebido informações de que o jovem sequestraria a filha dele.
Na decisão, a juíza cita que “há presença de indícios suficientes nos autos a indicar a imprescindibilidade da prisão preventiva e a insuficiência das medidas cautelares diversas da prisão no caso em concreto”.
Com G1