Caminhada de combate à violência contra a mulher no Agosto Lilás reúne centenas de pessoas no Centro de Caraguatatuba

54746762743_f7331fd540_b

Um ato de conscientização para chamar a atenção sobre a violência contra a mulher reuniu centenas de mulheres e também homens na Praça da Cultura, no Centro, nessa terça-feira (26).

Caraguatatuba foi uma das cidades escolhidas pelo governo do Estado para realizar a caminhada de combate à violência contra a mulher dentro da Campanha Agosto Lilás, organizada pelo Fundo Social.

O encontro teve início às 8h30, com um aulão de alongamento com professores educadores físicos da rede municipal. Em seguida, os participantes com faixas com dizeres sobre a campanha e balões da cor lilás percorreram a Avenida Arthur da Costa Filho, subiram a Rua Paul Harris e terminaram o ato na Praça Doutor Cândido Mota.

Maria Rosa Nunes da Costa Alexandre, 71 anos, esteve presente no evento com o marido, Luiz Carlos, e concorda que violência tem que ser denunciada.

“Meu pai foi um homem violento dentro de casa. Minha irmã casou-se com um homem que chegou a agredi-la. O filho deles, meu sobrinho, quando se casou, agredia a mulher e intervi algumas vezes. Disse que ele deveria buscar ajuda de um psicólogo. Meu conselho é que, no primeiro tapa, denunciem, peçam ajuda e saiam dessa relação de violência”, declarou.

A caminhada contou com as presenças do prefeito Mateus Silva, da primeira-dama e presidente do Fundo Social de Caraguatatuba, Dra. Talita Carneiro, secretários, secretários adjuntos, diretores, alunas da EMEF Professor Antonio de Freitas Avelar e do Centro Esportivo Municipal Ubaldo Gonçalves (Cemug), e membros da comunidade.

Agosto Lilás

O Agosto Lilás é uma campanha nacional instituída pela Lei Federal nº 14.448/2022, que define agosto como o Mês de Proteção à Mulher, em decorrência da aprovação da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340), no mesmo mês, em 2006.

A cor lilás, símbolo da campanha, carrega significados profundos como respeito, dignidade, transformação, espiritualidade, solidariedade e união por uma sociedade mais justa e segura para todas as mulheres.

Denuncie a violência

A violência contra a mulher pode acontecer de várias formas: física, quando há agressões que causam dor ou ferimentos; sexual, quando a mulher é forçada a ter relações ou práticas sem consentimento; psicológica, quando sofre ameaças, humilhações, controle e isolamento; moral, quando é difamada, caluniada ou tem sua reputação atacada; e patrimonial, quando seus bens, documentos ou recursos financeiros são destruídos, retidos ou controlados. Todas essas práticas devem ser denunciadas.

Campanhas como o Agosto Lilás visam quebrar o silêncio, mostrar as formas de abusos, incentivar a denúncia e mostrar que há caminhos de acolhimento e justiça.

Denúncias podem ser feitas pelo 180, pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil ou na Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos. A prevenção começa na informação, e por isso eventos como a Caminhada têm um papel essencial.

Durante todo o mês, diversas ações de conscientização serão realizadas pelo governo municipal.

Aplicativo SOS para Mulheres em Caraguatatuba

As mulheres que sofrem algum tipo de violência (física, psicológica, patrimonial, sexual, etc.) e que precisam de orientações, podem ir ao Centro Integrado de Atendimento a Mulher (CIAM). 

No CIAM, há uma equipe técnica especializada de assistentes sociais e psicólogas que irão acompanhar a vítima à Delegacia da Mulher para o registro do Boletim de Ocorrência e para o pedido da medida protetiva contra o agressor.

Vale destacar que o agressor pode ser marido, ex-companheiro, irmão, pai. Caso a vítima já possua essas informações, ela deve procurar a Delegacia da Mulher ou a Delegacia de Polícia mais próxima para relatar a violência sofrida. 

O boletim de ocorrência será registrado e, caso a mulher solicite medidas protetivas, a autoridade policial registrará o pedido e irá remetê-lo ao juiz ou juíza, que deverá apreciar o requerimento em até 48 horas.

De posse da medida protetiva, a mulher deve se encaminhar ao CIAM, preencher uma ficha com alguns dados pessoais (vítima e agressor). Esses dados chegam ao COI, onde são cadastrados no sistema e logo após esse procedimento, o botão do SOS Caraguá pra Elas é liberado para a mulher, pelo aplicativo.

A vítima abre o aplicativo que é bem simples, com apenas um botão na tela. Ao acioná-lo, ela tem cinco segundos para desistir caso tenha apertado por engano. Após esses cinco segundos, aparece na tela do computador do COI a solicitação e a coordenada geográfica de onde se encontra a vítima naquele momento. Os operadores acionam via rádio o inspetor de plantão e este encaminha imediatamente uma viatura para o atendimento da ocorrência.

Esse processo entre a vítima acionar o botão, os operadores do COI receberem a ocorrência, verificarem o endereço, passarem para o inspetor e este encaminhar uma viatura leva em média 40 segundos, ou seja, bem rápido.

Depois do atendimento inicial, as vítimas continuam sendo acompanhadas pela GCM, que faz visitas periódicas a cada uma delas. 

Compartilhe nas Redes Sociais

slot server malaysia slot server thailand slot server kamboja slot server vietnam slot server luar SLOT SERVER KAMBOJA SLOT SERVER VIETNAM SLOT SERVER THAILAND slot server kamboja slot server luar nuke gaming slot slot server vietnam slot server thailand slot server kamboja mahjong ways 2 slot server belanda slot server jepang slot server china nuke gaming slot slot server china slot server spain slot server singapore mahjong ways 2 slot server luar slot server vietnam