Marcello Veríssimo
A moradora de São Sebastião, Gabriela Bueno, procurou a reportagem do JDL para falar sobre a repercussão do caso após a publicação, que aconteceu no mês de maio. O Jornal do Litoral foi o primeiro veículo de comunicação em toda a Região Metropolitana do Vale do Paraíba, que deu voz a Gabriela para contar sua versão sobre o caso do canil que aconteceu em dezembro de 2018 e envolveu uma série de irregularidades envolvendo a apresentadora e ativista da causa animal Luisa Mell. “A matéria do jornal foi longe. Os seguidores das minhas páginas compartilharam, comentaram e depois disso recebi muito mais apoio”, disse Gabriela.
Ela disse que foi muito acolhedor receber o carinho e apoio das pessoas. Após a reportagem a divulgação do caso também ganhou novos contornos com o convite de importantes Y
youtubers querendo entrevistar Gabriela Bueno em seus canais na plataforma, entre eles o Biólogo Henrique, que tem mais de 1 milhão de seguidores somente no Youtube. Os vídeos tiveram mais de 500 mil visualizações.
Os jornalistas Felipeh Campos e Erlan Bastos também já fez vídeos sobre o caso e a postura da então apresentadora e ativista da causa animal. “A visão das pessoas começa a mudar. Elas começam a enxergar a possibilidade de terem sido enganadas durante muito tempo por uma pessoa manipuladora e quem tem sido desmascarada por várias situações não só pelo meu processo”, disse Gabriela.
E de fato desde a publicação da reportagem do JDL outros casos que tem a ativista como destaque ganharam repercussão nacional como o da Capivara Filó e a sua expulsão do instituto que levava seu nome e agora se chama Instituto Caramelo. Outros casos são o da menina Bruna, que foi atropelada por Luísa ficando tetraplégica e da cachorra que teria sido salva de um ritual de magia negra em uma clínica veterinária na capital paulista. “A cachorra tinha sido atropelada, a veterinária presenciou a cirurgia, teve os membros amputados e a Luísa Mell pegou a cachorra depois que ela tinha sido operada, tinha se recuperado e era só encaminhar para doação, a Luisa soltou nas redes que precisava de dinheiro para a cadela”.
A veterinária Ana Lúcia Mendes Coelho, que acompanhou o caso, foi ao Instagram e fez um vídeo para desmentir a ativista. “Eu não tenho nada a temer, eu só não me manifestei antes pois estava no meu horário de trabalho e tenho total dedicação aos meus clientes. Eu só uso as redes sociais fora do meu horário de trabalho. Eu não quero cinco minutos de fama, eu quero desenvolver um papel moral e social”, disse a veterinária.
A veterinária, Luciana Ferreira, responsável pelo parecer técnico dos contra laudos do antigo Instituto Luisa Mell, disse que nos laudos emitidos pela equipe da veterinária Marina de Siqueira Passadori foram encontradas diversas incongruências, como diagnósticos errados imputados aos cães que não poderiam acontecer, além de atestados de óbito de animais que, posteriormente, foram encontrados vivos e adotados. “O Instituto não fez o laudo dentro da conformidade do Conselho Regional de Medicina Veterinária, não apresentou nenhum exame oficial de laboratório e poucos elementos sobre o óbito dos animais”, disse Luciana.
A reportagem do JDL tentou entrar em contato com o Instituto Caramelo, mas o telefone disponível na internet não atende. A única forma de contato com o instituto é por meio de formulários de contato.
A veterinária do instituto, Marina Passadore, não foi localizada para falar sobre o caso, assim como Luisa Mell.