Com déficit em Segurança Pública, principais candidatos a governador de SP ignoram Litoral Norte em seus planos de governo

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Marcello Veríssimo

Tráfico de drogas, estupros, roubos, homicídios. Apesar de ainda proporcionar alguma segurança aos moradores, o Litoral Norte está entre as regiões mais violentas do estado, com cidades que possuem até 100 mil habitantes e está inserida dentro da Região Metropolitana do Vale do Paraíba, considerada a região mais violenta de São Paulo por mais de uma década, desde 2010, com a maior taxa de homicídios por 100 mil habitantes do Estado de São Paulo com mais de 300 mortes em homicídios por ano desde 2009 – nenhuma outra região paulista contempla este índice.

Faltando poucos dias para as eleições de outubro, com novos casos de crimes praticamente todos os dias, a segurança pública é uma das áreas de maior preocupação e déficit na região, além de ser importante também para a
conquista de votos.

Durante os últimos meses, a reportagem do JDL acompanhou o desempenho dos principais candidatos a deputado da região e também ao governo estadual. Os três candidatos mais bem colocados nas pesquisas divulgadas pela imprensa tem pelo menos 60 propostas em seus planos de governo para a segurança pública, mas nenhuma delas cita o Litoral Norte diretamente.

Apontado como líder das pesquisas, o candidato do PT Fernando Haddad elaborou 30 propostas em seu plano de governo, que tem 144 páginas, sendo que quatro delas estão ligadas diretamente à segurança pública.

De acordo com Haddad, um dos caminhos para conter o avanço da criminalidade é a criação de um “Novo Plano Estadual de Segurança Pública” para estruturar e valorizar a carreira policial, determinando metas objetivas de enfrentamento à violência, resolutividade e redução da criminalidade, além de ampliar investimentos e garantir os instrumentos necessários ao desempenho da função, incluindo tecnologia, inteligência e planejamento.

O novo plano proposto por Fernando Haddad se divide em três pilares básicos. A valorização do efetivo policial, enfrentamento à violência, prevenção e redução da criminalidade. De acordo com o plano de governo, estão previstos o uso de câmeras em uniformes, redução da letalidade policial, novo protocolo para uso de força letal, aumento da resolutividade dos crimes, contratação de novos policiais e o ‘Policiamento de Proximidade’, com bases comunitárias.

Candidato que tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro, o republicano Tarcísio de Freitas, o segundo melhor colocado nas pesquisas, divulgou 10 propostas para a segurança em seu plano de governo de 43 páginas, assim como o candidato do PT com quatro delas dedicadas à segurança pública.

O plano de Tarcísio fala em tecnologia e integração para o enfrentamento ao crime organizado. O republicano também disse que pretende investir na valorização da Força Policial, ruas seguras, garantia da ordem social, entre outras medidas como um novo sistema prisional, proteção da mulher e da família, além de novos investimentos na Fundação Casa. De acordo com o plano de governo do republicano, a tecnologia é a principal ferramenta para a resolução de crimes “usando as forças combinadas das estruturas federal e estadual de segurança”.

Tarcísio de Freitas propõe rever o “sistema prisional, de forma a suprir adequadamente a atual demanda (em presídios fechados ou semiabertos) e a reinserção de egressos na sociedade”.

O atual governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, candidato à reeleição, defende a política de segurança do governo e diz que o estado de São Paulo “implementou nas últimas duas décadas uma forte política de segurança pública aliada à gestão, investimento e tecnologia para enfrentamento da violência e da criminalidade”.

Garcia aposta em 20 propostas na área da segurança pública. Seu plano de governo possui 46 páginas, sendo três delas dedicadas exclusivamente para a segurança pública.

Garcia fala em reduzir os indicadores de criminalidade, apreender armas e ampliar as mudanças no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) para aumentar o período de internação de atos infracionais violentos.

Ele diz que, em seu governo, os índices de violência e delitos registraram reduções sistêmicas no Estado. O plano de Garcia ainda fala em investimentos em tecnologia e inovação, juntamente com o reajuste de 26% nos vencimentos dos policiais e a criação do Programa de Bonificação por Resultado.

O plano de governo de Garcia ainda faz referência ao combate do tráfico de drogas, mas não diz, na prática, como pretende acabar ou diminuir com o problema, que é uma das modalidades criminosas com maior número de ocorrências no Litoral Norte.

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