Marcello Veríssimo

A Promotoria de Justiça, em Caraguatatuba, condenou Guilherme Leal Graça a 23 anos de prisão em regime fechado, acusado de ser o mandante da tentativa de homicídio a quatro jovens que impediram um morador de rua de ser espancado em outubro de 2021, na região central do município.

Além dessa condenação, Graça Leal já tem passagens anteriores pela polícia por associação com o tráfico de drogas, por ilegal de arma e furtos.

De acordo com a Justiça, Guilherme incentivou cerca de 15 pessoas a tentar matar o grupo utilizando garrafas de vidro quebradas, pedras e pedaços de madeira. À época, um dos jovens então com 22 anos, ficou em estado grave após ser cortado por diversas vezes.

O julgamento aconteceu no dia 31 de janeiro por júri popular. A sentença é de 23 anos e 11 meses de prisão em regime fechado.

O pedido de prisão foi realizado pelo Ministério Público ainda em 2021, logo depois do crime. O promotor de justiça Renato Queiroz de Lima afirma que o grupo liderado por Guilherme tinha a clara intenção de matar os quatro jovens.

O crime aconteceu na madrugada do dia 13 de outubro de 2021, na avenida Arthur Costa Filho, próximo ao Praia Shopping.

De acordo com o Ministério Público, o grupo de amigos saiu para aproveitar a noite na cidade quando, ao chegar perto do centro de compras, viu outras cinco pessoas espancando o morador de rua.

Eles tentaram impedir o espancamento, mas acabaram virando o alvo dos criminosos, entre eles o agora condenado pela Justiça Guilherme Leal Graça, que na época tinha 26 anos.

De acordo com o MP, Leal Graça chamou mais de 10 pessoas que eram seus amigos para bater nos jovens. Em desvantagem os quatro saíram correndo, exceto por um deles que foi atingido por uma garrafada, não conseguiu escapar e acabou agredido a sangue frio no chão.

Inferno – Foi neste momento que começou um verdadeiro inferno na vida dos quatro jovens amigos. O MPSP informou que o homem que foi atingido pela garrafa só não morreu pois recebeu atendimento médico a tempo e foi levado em estado grave para uma unidade de saúde do município.

Os outros três, assustados, continuaram a fugir. De acordo com o Ministério Público, um dos rapazes se escondeu em um hotel e chamou a Polícia Militar.

Um terceiro jovem conseguiu escapar correndo pela orla do Indaiá. O outro rapaz entrou no mar e precisou nadar por quase duas horas até um rio próximo. Ele disse à polícia que, mesmo dentro da água, via os agressores nos quiosques da praia com pedras e pedaços de madeira esperando ele sair.

O caso foi registrado na Delegacia de Caraguatatuba como tentativa de homicídio com motivação fútil com meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas.

By srneto

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